Três alunos apostaram que iam para a escola com roupas de mulher. Pouco depois trocaram de roupa, mas a diretora quis vê-los de vestido curto. Depois deu-lhes cinco minutos para abandonar a escola
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Três rapazes, de 16, 17 e 18 anos, alunos do Colégio S. Gonçalo, em Amarante, apresentaram-se esta quinta-feira no estabelecimento de ensino vestidos com roupas de mulher. A situação, que terá provocado algum alvoroço entre a comunidade escolar da escola diocesana, terá levado a que a direção chamasse ao gabinete os jovens, repreendendo-os. Segundo apurou o JN junto de fontes do colégio, os estudantes foram alvo de um processo disciplinar, uma informação que as partes envolvidas não quiseram abordar. Alunos e direção da escola remeteram-se ao silêncio, confirmado apenas o episódio do vestuário feminino.
Pelo que o JN conseguiu apurar, os jovens, alunos do 10º e 12º ano do curso de Mecânica, terão feito uma aposta entre colegas de que iriam entrar no Colégio vestidos de mulher. Os três ganharam a aposta quando, logo pela manhã, se apresentaram no estabelecimento de ensino de vestido justo e curto com pernas à mostra. Entraram na escola de mão dada para surpresa de todos, conforme se percebe nas fotos e vídeo, onde se vê dois dos três.
Pouco depois, a direção da escola tomou conhecimento do episódio e chamou os três alunos ao gabinete. Quando chegaram diante da diretora adjunta, Ana Venâncio, os rapazes já estavam vestidos com roupas masculinas. Na lógica do ver para crer, a responsável terá ordenado aos jovens que se vestissem com as roupas de mulher e voltassem ao gabinete. Os jovens assim o terão feito. Quando chegaram ter-lhes-á sido comunicado de que iriam ser alvo de um processo disciplinar e que tinham cinco minutos para abandonarem as instalações do colégio.
Contactada pelo JN, Ana Venâncio, disse apenas que se trata de um episódio interno e que está a ser resolvido pela gestão da escola, recusando falar publicamente sobre o assunto.
O JN falou com um dos três alunos que afirmou "ser melhor não falar sobre o assunto", confirmando apenas que usou "roupas da mãe". Os outros colegas mantiveram os telefones desligados.