Viagem aos anos 80. "O segredo da Pedra do Couto é a forma como recebemos as pessoas"
Pedra do Couto, a emblemática discoteca de Santo Tirso, celebra quatro décadas de vida, sempre nas mãos da família Martins. O espaço aumentou ao longo dos anos, e o segredo é inovar e investir para crescer.
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“Esta foi a primeira festa de espuma do país!”. “Olha o Eusébio e o Gomes; a equipa do Benfica já esteve aqui”. “É a Lili Caneças?”. As fotografias – palpáveis, no velho papel brilhante que é bilhete para viajar no tempo – estão às centenas num caixote e desfilam pelas mãos da família Martins, toda debruçada sobre o amontoado de memórias da discoteca Pedra do Couto, em Santo Tirso, que está a celebrar quatro décadas, longevidade rara no universo da diversão noturna. Todos os fins de semana, milhares de pessoas continuam a encher a pista.
Da caixa de cartão pousada numa mesa junto à piscina salta o retrato anacrónico da atriz brasileira Betty Faria, de cabelo negro, na época em que foi a Tieta de Jorge Amado. “Chegou cá e disse: ‘boa noitxi’, acentua, numa gargalhada, o antigo DJ Ivo Branco, que na mítica casa nascida em setembro de 1983 ganhou outra família.