A Câmara de Viana do Castelo aprovou esta sexta-feira a aquisição de 15 autocarros elétricos, à Mota-Engil Renewing, para assumir o serviço público de transportes coletivos urbanos de passageiros naquele concelho em 2025.
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A autarquia lançou um concurso público, no verão, com preço base de cerca de 7,1 milhões de euros, que previa a compra, em três lotes, de 10 autocarros com dimensão standard, cinco autocarros midi e dois minibus. Mas agora apenas adjudicou dois lotes, referentes aos autocarros standart e midi, por, respetivamente, 3,75 milhões de euros e 1,34 milhões. O terceiro lote caiu porque, segundo o autarca Luís Nobre "nenhuma das propostas cumpria a base do concurso e será aberto novo procedimento".
Os autocarros deverão integrar o futuro serviço de transporte urbano de Viana do Castelo, atualmente concessionado ao grupo Avic e que deverá passar para a alçada do município a partir de setembro do próximo ano, quando a concessão terminar. A operação municipal tinha sido anunciada com o nome "Green Bus", mas o presidente da Câmara, referiu esta sexta-feira que o mesmo foi, entretanto, "registado por uma outra entidade de Viana do Castelo", pelo que terá outra designação a anunciar posteriormente.
A nova frota 100% elétrica, que conta com apoio financeiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), deverá operar, segundo declarações recentes de Luís Nobre, "nas sete linhas já existentes e em mais duas novas linhas". E a operação deverá ser financiada "até cinco milhões de euros", através de uma candidatura apresentada pela autarquia e já aprovada.
De acordo com a proposta de aquisição levada a concurso, os 10 autocarros standard (10-12,5m), terão uma lotação de 75 passageiros, e os cinco autocarros midi (7-8,5m), de 34, ambos com uma autonomia mínima de 280 km.
Recentemente, a Câmara de Viana do Castelo aprovou alterações ao seu mapa de pessoal para permitir a contratação "de 25 motoristas" para operar o transporte público urbano da cidade.
Apresentou também o relatório provisório de um estudo sobre os transportes públicos em Viana do Castelo, que contempla dados sobre a utilização e também sobre a viabilidade económica da operação a cargo do município, com um investimento anual de 7,8 milhões. E que compara "duas opções políticas": "lançamento de concurso para contrato de concessão, com manutenção do atual modelo", com "valor económico negativo em 15,3 milhões de euros", e opção de "operação interna, com valor económico negativo em 6,8 milhões de euros", com possibilidade de recurso a fundos do PRR, fazendo cair o valor económico negativo para "dois milhões de euros".