Viana dá primeiro passo para construir centro de investigação e apoio às energias renováveis
A câmara de Viana do Castelo aprovou, esta segunda-feira, a sua adesão à associação SUSTEmare, o que constitui um primeiro passo para a futura construção de um futuro Centro de Tecnologia e Inovação em Energias e Tecnologias Oceânicas.
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O edifício, que será a sede e espaço de atividade da associação, deverá ser construído no campus da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). O projeto será alvo de uma candidatura para financiamento da obra e o autarca Luís Nobre prevê que tenha luz verde para avançar ainda "no primeiro semestre deste ano".
O centro criará "condições para que se desenvolvam sinergias entre investigadores, empresas e instituições do sistema científico e tecnológico nacional". A sua criação tem como parceiros, além da autarquia e do IPVC, entidades como o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), Universidade do Minho (UMinho), Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR) e INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial.
Envolve ainda empresas como a Ocean Winds, Corpower, Gazelle Wind Power Portugal, West-Sea, Metaloviana, DST-Energias Renováveis e Mota Engil. E outras entidades como associações empresariais da região do Alto Minho, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA (APDL), a REN (Redes Energéticas Nacionais), o CiTin (Centro de Interface Tecnológico Industrial) e o Terminal de Carga Geral e de Granéis de Leixões.
"O SUSTEmare é um projeto que estamos a trabalhar há dois anos e faz parte da nossa agenda para a Economia 2030, era o primeiro eixo de trabalho, que, no fundo, é criar um centro e disponibilizá-lo para as atividades de energia offshore", explicou o autarca Luis Nobre, no final da reunião do executivo municipal, esta segunda-feira à tarde, onde a adesão à referida associação, foi aprovada por maioria com a abstenção da vereadora do CDS.
"Pretendemos que seja um centro de investigação e desenvolvimento, de experimentação e invenção, internacional", disse, adiantando que o município tem "estado a trabalhar com um conjunto de entidades, que vão fazer parte desde início do processo, para que possamos apresentar uma candidatura ao programa regional PT2030 para financiar a construção".
Segundo a proposta aprovada pelo executivo, o futuro edifício "terá uma área útil de construção próxima de 2500m2, onde se integrarão espaços administrativos e de gestão, um auditório, cinco laboratórios principais, dois espaços open space multifunção e uma nave industrial para trabalhos e ensaios de grande escala".
O objetivo é "prestar apoio técnico e promover a investigação aplicada, a inovação e o desenvolvimento tecnológico junto das empresas que integram a cadeia de valor das energias oceânicas renováveis, com ênfase nas tecnologias e nos materiais, bem como das suas atividades conexas".