Viana do Castelo construiu duas embarcações salva-vidas para missões nos Açores e Aveiro
Uma empresa de construção e reparação naval de Viana do Castelo produziu duas embarcações salva-vidas para a Autoridade Marítima Nacional (AMN), que vão operar em Ponta Delgada, Açores, e em Aveiro.
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São semi-rígidos de "terceira geração", com capacidade de atingir até 40 nós (80 km/h), e que representam um investimento de cerca de 700 mil euros.
Segundo o diretor-geral da Autoridade Marítima, vice-almirante José Vizinha Mirones, que esteve presente em Viana do Castelo esta sexta-feira, na cerimónia de entrega, as embarcações salva-vidas SR45 e SR46 vão integrar o dispositivo de salvamento, no âmbito da "renovação da frota" necessária às operações no mar.
"Esperamos que a renovação venha a ocorrer com mais frequência, porque, para que o nosso serviço seja prestado em condições, precisamos de meios de altíssima qualidade como estes que acabamos de receber", declarou o vice-almirante. "Não é que a atual frota não cumpra a missão, mas com o desgaste dos anos vai sendo necessário renová-la. É como os carros, que cumprem o serviço para os quais os compramos, mas depois é necessário renová-los, seja por modelos mais eficientes, seja por modelos menos onerosos. Não há aqui uma queixa, há uma renovação normal da frota", explicou.
De acordo com José Vizinha Mirones, uma das embarcações "vai para Aveiro por meios próprios" e a outra seguirá "num transitário e será entregue nos Açores". Ambas possuem "estabilidade e capacidade de adriçamento" e incorporam "tecnologia mais moderna", tendo sido adquiridas no âmbito de "um plano de investimentos que ainda não está completamente terminado".
O projeto e construção das duas embarcações foram assumidos pela empresa Navallethes, com estaleiro em Viana do Castelo. São "de terceira geração, feitas com flutuadores com uma espuma com memória no seu interior, além de terem uma cobertura de poliureia", apontou o responsável pela empresa, Francisco Portela Rosa. "Foram as primeiras. São as meninas dos nossos olhos", asseverou.