Beatriz Alcobia, estudante de Medicina Veterinária, entrou discreta na assembleia de voto instalada na Escola Secundária de Santa Maria Maior, da União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate).
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Dirigiu-se à mesa n.º 2, entregou o cartão de cidadão ao presidente, recebeu o boletim, dirigiu-se ao biombo e em pouco tempo estava de volta para o depositar na urna. Passaria por apenas mais um dos cerca de 700 eleitores ali inscritos, mas a hora escolhida para votar e o facto de trazer duas máscaras de proteção (uma cirúrgica sobre uma FFP2), levam a supor que possa tratar-se de uma votante infetada.
Ao "Jornal de Notícias", quando abordada, assumiu de imediato que se encontra nessa condição. "Estou em isolamento profilático, porque estou infetada. Esta foi a hora recomendada, por isso vim", afirmou, referindo que acusou positivo na passada terça-feira, após contágio na escola, mas não apresenta "qualquer sintoma".
Quanto à possibilidade de poder sair de casa para exercer o seu direito, comentou: "Foi uma boa decisão do Governo porque há muita gente infetada com esta nova variante e esta hora é boa. Trabalhei muito tempo em eleições nas mesas e sei que este é um horário, juntamente com o de manhã cedo, que nunca tem ninguém".
Antes de Beatriz, tinha colocado o seu voto nas mesma urnas um avô positivo. "Veio um senhor que disse que tinha covid-19 e que foi a neta que o contagiou. Avisou-nos, mas não tinha sintomas. Foi o primeiro", contou a presidente da mesa 2, Fernanda Gama que para o horário a partir das 18 horas, vestiu bata e calçou luvas, tal como as restantes companheiras de equipa. "Estamos equipadas a rigor. Não deve haver problema. Além disso, eu tenho as três vacinas", disse.
Naquela assembleia de voto de Viana do Castelo, a percentagem de votação "rondou 60%", num universo de "cinco a seis mil eleitores".