Afonso Amorim, um aluno de 12 anos, com trissomia 21, tem dificuldades de comunicação, mas o seu sorriso rasgado fala, quando está dentro de água num kayak, com o monitor Paulo Santos. É um dos 67 estudantes com deficiência ou incapacidade, que beneficiam do projeto "Náutica para Todos", em Viana do Castelo.
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Uma iniciativa da Câmara de Viana do Castelo, em parceria com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), que surgiu no âmbito de um projeto maior, o "Náutica nas Escolas". O projeto prevê que alunos das escolas públicas daquele município frequentem, em contexto escolar, aulas de natação, remo, vela, canoagem e surf. E, para que os colegas com limitações também pudessem participar, passou a incluir todos, sem exceção.
"Sempre que uma turma vai a esses desportos náuticos e nessa turma há uma criança ou jovem com deficiência, temos nós [APPACDM], uma equipa especializada de apoio, que se articula com professores e com treinadores dos clubes responsáveis pela sessão desportiva, para que eles possam participar juntamente com os seus colegas", explica Pedro Fornelos, coordenador do projeto, recordando que antes "a turma ia, mas a criança tinha de ficar na escola". "Isto é inclusão desportiva ao mais alto nível", considera.