O autarca de Viana do Castelo, Luís Nobre, foi eleito esta quinta-feira presidente da associação transfronteiriça Eixo Atlântico. O município de Fafe oficializou a sua adesão.
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Luís Nobre sucede a Ricardo Rio, presidente da câmara de Braga, na liderança da entidade, que passa agora a ser constituída por 40 cidades e duas deputações de Espanha. Alfredo García, presidente de O Barco de Valdeorras, assumirá a vice-presidência, lugar que até agora era ocupado por Lara Mendes, ex-autarca de Lugo. A eleição decorreu esta quinta-feira de manhã na 32.ª Assembleia Geral do Eixo Atlântico, celebrada em Vila Nova de Famalicão.
Segundo uma nota divulgada hoje pelo Eixo Atlântico, foram aprovados na reunião um orçamento de 4,8 milhões de euros e um programa para 2024, "estruturado em quatro áreas temáticas e que mantêm o objetivo da competitividade para o desenvolvimento económico e o estímulo do emprego, a redução das desigualdades sociais e a melhoria da qualidade de vida do sistema urbano do Eixo Atlântico com a cooperação como instrumento de desenvolvimento conjunto".
“É, naturalmente, para mim uma honra passar a liderar uma associação que representa uma das euro-regiões mais dinâmicas e com maior fluxo de pessoas e bens de toda a Península Ibérica e uma das maiores da Europa", declarou Luís Nobre, o novo presidente do Eixo Atlântico, manifestando intenção de "dar continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo destes anos e que permitiu transformar este espaço num exemplo único é também uma responsabilidade muito grande".
"A afinidade em áreas distintas como a língua, as transações e ainda a dinâmica existente entre entidades, instituições e empresas entre as duas regiões tem-lhe permitido afirmar-se, mas existem ainda muitos desafios pelo caminho", indicou, considerando: "As disparidades económicas (a Galiza é mais rica e exporta mais 460 milhões de euros do que o Norte de Portugal), as assimetrias territoriais, a diferença entre a distribuição de fundos europeus e uma economia mais pujante do lado galego obrigam a uma estratégia de governança que permita a aproximação entre os dois lados da fronteira".