O vice-presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta, Rui Portela, renunciou ao cargo e aos pelouros de vereação, nomeadamente Cultura, Desporto, Associativismo e Obras Particulares, que ocupava naquele município, por incompatibilidades "intransponíveis" com o restante executivo, principalmente com a presidente do município, Maria do Céu Quintas.
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Um ano após a tomada de posse, Rui Portela, funcionário dos CTT, decidiu manter-se apenas como vereador sem pelouros, sem estar a tempo integral, porque não se revê no atual mandato autárquico do executivo eleito pelo PSD. Espera-se agora que faça oposição. "Não é uma decisão que se tome de ânimo leve, só que não me revejo neste modelo de gestão autárquica. Não quero estar associado a este modelo. Quero trabalhar em prol do concelho mas de outra forma", esclareceu Rui Portela, que vinha amadurecendo a decisão de sair desde junho, "devido a certas decisões tomadas pela presidente", admitiu.
Rui Portela garante que "nunca na vida" se manteria num cargo onde não concorda com o que se faz" e "muito menos por causa de um vencimento acima da média na região".
Sobre esta saída a menos de meio do mandato, a presidente da Câmara, Maria do Céu Quintas, diz que "ele (vereador) argumentou razões pessoais e que deverá, certamente, fazer oposição".
O executivo camarário eleito pelo PSD, com três vereadores a tempo inteiro, perde assim a maioria no executivo. O líder da oposição, Nuno Ferreira, vereador, sem pelouro, eleito pelo PS, considera que a câmara "fica enfraquecida", mas no seu entender esta situação já se fazia antever, dado o mal-estar latente a que se vinha assistindo.