O movimento NAU, liderado pela ex-presidente de Câmara de Vila do Conde Elisa Ferraz, dispara críticas à intenção do atual Executivo liderado pelo PS de pedir 4,5 milhões de euros para avançar com diversos projetos.
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“Nenhuma obra de relevo” que justifique, “total despesismo e descontrolo” que vai conduzir a Câmara de Vila do Conde a “uma situação catastrófica”. É assim que o movimento NAU, liderado pela ex-presidente de Câmara de Vila do Conde, Elisa Ferraz, vê a intenção do executivo de pedir dois empréstimos no valor total de 4,5 milhões de euros para avançar com as obras do Parque Lúdico das Caxinas, a requalificação viária e a reabilitação do Parque de Jogos.
“Com uma política de total despesismo e descontrolo, Vítor Costa conduziu a Câmara a uma situação catastrófica, muito semelhante à que, o mesmo Vítor Costa, em 2010, enquanto vereador das Finanças, levou à intervenção do Estado nas finanças locais, o célebre PAEL”, afirma, em comunicado, o movimento independente.
“O atual executivo, em funções há três anos, que se saiba e que os vilacondenses tenham conhecimento, nada fez de relevo”, frisa ainda a NAU, acusando a maioria socialista, liderada por Vítor Costa, de não ter feito nenhuma obra de vulto em matéria de habitação social, equipamentos, rede viária, escolas, pontes ou intervenções nas freguesias.
Por outro lado, acrescenta, “gastaram-se, nestes três últimos anos, milhões de euros em festas e mais festas, subsídios e apoios sem qualquer critério de equidade, indemnizações a empreiteiros e a ilegal concessão de benefícios fiscais”.
A NAU insiste que, ao contrário do propalado buraco de que se queixou Vítor Costa, deixou “mais de 7 milhões de euros em caixa, sem qualquer fatura em atraso” e “obra feita e totalmente paga que supera os 40 milhões de euros”.
Volvidos três anos, frisa, os sete milhões “desapareceram” e é, agora, preciso um empréstimo de longo prazo (a 20 anos), que o edil socialista justifica com os atrasos na abertura dos avisos para a candidatura aos fundos comunitários e a necessidade de avançar rapidamente com as obras para “aproveitar ao máximo” o dinheiro da Europa.