Um inquérito para ouvir todos os munícipes, estreita colaboração com as juntas de freguesia, as associações e instituições locais, discussão em torno de questões estruturantes, reuniões temáticas e, no final, um grande Fórum Concelhio. Serão estes os passos para gizar o novo Plano Estratégico de Vila do Conde 2020-2030. O anterior ficou pronto em julho, mas o atual presidente, Vítor Costa, garante que não está na Câmara. Agora, vai "começar de novo".
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As reuniões, freguesia a freguesia, com todos os eleitos, já começaram. Anteontem, em Rio Mau/Arcos deu-se o pontapé de saída. Depois, explica o edil, hão de seguir-se "as associações e instituições locais".
Em março, continuou a contar, vão começar os inquéritos à população, ora online, ora em papel. As juntas de freguesia serão aqui "parceiros" para que "todos sejam ouvidos e ninguém fique de fora".
perguntas abertas
"As perguntas serão o mais abertas possível. Queremos saber o que é que os munícipes entendem que é relevante para a próxima década no nosso concelho", frisou Vítor Costa, que quer, depois, cruzar as respostas com as prioridades do executivo - mobilidade, água, rede viária, transição digital, ambiente, saúde e educação - para chegar a um plano final, que "privilegiará a participação direta dos cidadãos, reforçando, assim, a qualidade da democracia".
As questões mais "estruturantes" serão discutidas com um grupo de pessoas da respetiva área e, para alguns temas, haverá reuniões com todos os parceiros do setor.
As conclusões do trabalho, que vai ser feito "pelos próprios funcionários da Câmara e sem assessoria externa", serão apresentadas num Fórum Concelhio, a realizar em novembro.
Contrato
O contrato entre a Câmara e a Deloitte foi celebrado a 10 de maio de 2021. A consultora recebeu 29750 euros (+IVA) para gizar, em 90 dias, o Plano Estratégico para Vila do Conde.
Resultados por apresentar
Em julho, Elisa Ferraz anunciava as linhas gerais do plano. Dos 38 mil inquéritos à população, 1618 respostas. A ex-presidente recusou apresentar medidas concretas, prazos e custos. Justificava-se com a proximidade das eleições e prometia novidades em outubro. Agora, Vítor Costa garante que esse plano "não ficou na Câmara".