A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António está a promover uma campanha de sensibilização, dirigida à população em geral, que realça a importância de parar de alimentar pombos e gaivotas, de forma a manter a higiene, limpeza e salubridade do espaço público.
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Em comunicado, a autarquia algarvia, destaca que "estas aves adaptam-se facilmente às áreas urbanas", o que faz com que a sua reprodução seja muito superior, quando comparada com situações normais, "podendo tornar-se numa praga".
A solução para este problema passa pela diminuição da oferta de alimento e, neste sentido, a Câmara apela à colaboração de todos os munícipes para que assim "se possa proteger o espaço público e preservar a sua limpeza e higiene".
Além da produção de diverso material informativo, a autarquia está a colocar sinalética no espaço público, em particular nos jardins, praças e frentes ribeirinhas (locais onde se registam mais ajuntamentos de aves por via da disponibilização de alimento), apelando a todos os munícipes e visitantes para que não alimentem aves, alertando ainda que tais medidas são suscetíveis à aplicação de coima.
Quando as aves deixam de encontrar alimento com tanta facilidade vão automaticamente procurá-lo na natureza, onde é mais adequado à sua dieta (como grãos, frutos e insetos), repondo o equilíbrio dos ecossistemas.
Propagação de doenças
De um modo geral, o aumento descontrolado de pombos e gaivotas em meio urbano está associado a três fatores: abundância de alimento e água, visto que as pessoas lhes dão alimentos e assim não precisam de os procurar; existência de abrigos e locais propícios à nidificação, como calhas e algerozes, terraços, varandas ou forros de telhado que não são devidamente limpos ou cuidados; e ausência de predadores naturais nas áreas urbanas.
No documento, a Câmara de Vila Real de Santo António destaca ainda que esta concentração de pombos "pode facilitar a propagação de doenças que afetam não só os próprios pombos, mas também animais de outras espécies e os seres humanos, principalmente os mais vulneráveis, como as crianças e os idosos".