Instituto Politécnico do Cávado e Ave vai instalar-se no concelho, com formações nas áreas tecnológica e digital para responder às necessidades das empresas. Há 150 vagas.
Corpo do artigo
A partir de setembro, o concelho de Vila Verde vai passar a ter Ensino Superior, através de uma parceria com o Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), que ali vai instalar um polo, com seis cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP). As formações, que arrancam com 150 vagas, estão ligadas, sobretudo, à área tecnológica e digital, para responder às necessidades das empresas da região.
O protocolo foi assinado, ontem, entre as presidentes do IPCA, Maria José Fernandes, e do Município, Júlia Fernandes, e prevê que a instituição de Ensino Superior ocupe o antigo edifício do Instituto Empresarial do Minho, em Soutelo, que fica situado quase à entrada do centro da vila. No mesmo espaço ficará instalada a Academia Cisco, que promove formações certificadas (ler caixa).
O primeiro ano do projeto vai arrancar com os cursos de Aplicações móveis, Apoio à gestão, Desenvolvimento Web e Multimédia, Redes e Segurança Informática, Marketing Digital e Social Media, Refrigeração e Eficiência Termoenergética, este último desenvolvido em parceria com uma empresa instalada no concelho, que tem necessidade de colaboradores na área.
Mão de obra qualificada
"Estamos a ver um sonho realizado", referiu Júlia Fernandes, sublinhando que o tecido empresarial do concelho "precisa de mão de obra qualificada". "Estamos a valorizar os jovens para os desafios do futuro. Haverá novas profissões e eles estarão preparados", defendeu a autarca, regozijando-se por o antigo edifício do Instituto Empresarial do Minho, ex-incubadora de empresas da área tecnológica, manter "a essência". Para acolher o politécnico, a Autarquia apenas irá precisar de fazer "obras ligeiras" para adaptar as salas.
"Queremos que seja um polo reconhecido pelas famílias e pelas empresas", sublinhou Maria José Fernandes, destacando "as acessibilidades e a rede de transportes públicos" que passam à porta do edifício.
De acordo com o diretor da Escola Técnica Superior Profissional do IPCA, Filipe Chaves, as inscrições já estão abertas - até 22 de agosto - e só na primeira semana receberam "16 candidaturas, o que significa que as primeiras 150 vagas serão facilmente preenchidas".
"São cursos com impacto na economia" e "alinhados com as necessidades das empresas", reforçou o responsável, adiantando que as formações, de dois anos, dão acesso a bolsas da Fundação José Neves, para além dos apoios sociais que já são atribuídos pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), como acontece com as restantes universidades e politécnicos públicos.
"As propinas custam 697 euros por ano, mas a bolsa da DGES pode chegar aos 847 euros", adiantou Filipe Chaves.
SABER MAIS
Academia Cisco forma na área da Cibersegurança
Para além dos seis cursos de Ensino Superior, o polo do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) em Vila Verde vai acolher, também, a Academia Cisco, uma empresa americana de telecomunicações que disponibiliza formação certificada na área da cibersegurança e redes. São cursos que podem durar "entre três e seis meses" que são abertos a estudantes, mas também à população em geral interessada em aumentar conhecimentos nessas áreas, explicou o diretor da Escola Técnica Superior Profissional do IPCA, Filipe Chaves, acrescentando que a academia estava, até agora, instalada no polo de Barcelos.