A Câmara de Guimarães anunciou o arranque do Transporte de Passageiros Flexível (TPF) para junho do próximo ano. O objetivo é complementar a Guimabus em férias escolares, horários noturnos e nas zonas periféricas do concelho.
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A empresa municipal Vitrus Ambiente, responsável pela recolha de resíduos, limpeza urbana e gestão do estacionamento, foi a escolhida para gerir a concessão do serviço durante dez anos, apesar das dúvidas levantadas pela Autoridade de Mobilidade e Transportes (AMT). A frota vai ser constituída por três miniautocarros elétricos.
A Vitrus vai operar um serviço de TPF que tem como objetivo complementar as linhas da concessionária do transporte público rodoviário, Guimabus. Estão previstos serviços noturnos nas linhas: Taipas, Gandarela, Vila Nova de Sande; Conde, Gandarela, Moreira de Cónegos; Pevidém, Serzedelo, Guardizela; entre Silvares e Ronfe, servindo as freguesias daquela zona do concelho; nas freguesias a norte e a oeste das Taipas; de Guimarães a São Torcato, com extensão até Castelões; a partir de Mesão Frio, às freguesias da Costa, Infantas e União de Freguesias de Serzedo e Calvos ; saíndo de Covas, pelas freguesias de Pinheiro, Abação, Gémeos e São Faustino. Também está anunciada a oferta em zonas sem cobertura aos fins de semana, feriados e nas férias escolares. Apesar de existirem trajetos predefinidos, o serviço funcionará a pedido dos utentes, através de uma aplicação para telemóvel.
AMT levanta dúvidas
Para poder receber esta concessão, a Vitrus fez uma alteração aos seus estatutos, em maio de 2021, e vai adquirir três miniautocarros elétricos. O parecer da AMT menciona o facto de o privado fazer o serviço mais barato, 3,59 euros por quilómetro contra 3,73 euros, e de a opção por viaturas elétricas tornar o investimento inicial mais alto. O Município justifica a opção pela Vitrus por se tratar de um serviço com um elevado grau de incerteza, por não existir histórico. “Tratando-se de uma empresa municipal será mais fácil introduzir ajustes”, afirmou a vereadora Sofia Ferreira. No que toca à escolha de viaturas elétricas é a própria AMT que admite que ela é “condizente” com os compromissos de Portugal em matéria de descarbonização.