Irmandade converte parte da receita da bilheteira em ajudas aos mais desfavorecidos.
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O marco foi atingido nesta terça-feira: sete milhões de pessoas já passaram, desde 2014, pelos Clérigos, no Porto, e quem assinalou o feito foi o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, que elogiou a capacidade de a Irmandade converter parte da receita angariada na bilheteira em diversos apoios sociais.
De acordo com o padre Manuel Fernando, que preside à Irmandade dos Clérigos, têm sido doados cerca de 500 mil euros da receita anual proveniente das visitas ao monumento nacional, que, como destacou o presidente do Turismo do Porto e Norte, Luís Pedro Martins, "está sempre no top cinco do número de visitas a nível nacional".
Sublinhando que a solidariedade "está no ADN" da instituição, o clérigo explicou que "o dinheiro que entra do turismo é devolvido à sociedade em apoio às instituições e aos que mais necessitam, nesta dimensão social que a Irmandade não deixa de ter".
"Em 2019, devolvemos à sociedade, em termos de apoios sociais, cerca de 690 mil euros, e, em 2022, andamos perto dos 400 mil euros", detalhou o padre Manuel Fernando.
Além de projetos de solidariedade social, a receita da bilheteira é ainda destinada a bolsas de estudo e prémios, indicou o presidente da Irmandade, sem revelar, contudo, o valor angariado com as visitas ao monumento projetado por Nicolau Nasoni, que soma os sete milhões de visitantes desde 2014, ano que ficou marcado pela requalificação dos Clérigos.
"É um projeto de responsabilidade social que, além de ser gerador de riqueza para a economia, é também gerador de riqueza para devolver à sociedade", aplaudiu o secretário de Estado do Turismo, vincando que este "é um exemplo do que deve ser feito no turismo".
Em 2022, os Clérigos receberam 1,2 milhões de pessoas, e a expectativa para este ano é superar esse número, atingindo os 1,3 milhões de entradas.
