Um adolescente de 13 anos morreu, na madrugada de ontem, não resistindo aos ferimentos que sofreu na sequência de um atropelamento ocorrido horas antes, na EN 204/5, em Carreira, Famalicão. O pai, que o esperava do outro lado da rua, assistiu ao acidente.
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Tal como o JN noticiou ontem, o jovem ainda foi transportado em estado muito grave ao Hospital de S. João, no Porto, pelos Bombeiros de Riba d'Ave, mas acabou por não resistir às lesões.
Paulo Alexandre saiu do autocarro da Didáxis - escola onde estudava - e terá começado a atravessar a rua na passadeira, depois das camionetas terem seguido a marcha. Do outro lado da estrada nacional, o pai esperava-o. E terá visto Paulo ser colhido por um veículo ligeiro de mercadorias.
"Ele vinha a meio da passadeira. Quando ouviu a derrapagem ainda deu um salto para trás, mas já não adiantou", contou, ao JN, Armindo Moreira, pai do adolescente, o mais novo de três irmãos.
De acordo com as informações que conseguimos recolher, o veículo que atropelou o rapaz, e que circulava no sentido Riba de Ave/Famalicão, ainda foi embater num outro carro que aguardava para entrar na via.
Ao que o JN conseguiu apurar, o atropelamento foi aparatoso, até porque o jovem terá sido projectado cerca de 20 metros, após o impacto do veículo.
"Quando dei conta do atropelamento fui lá. Quando vi os bombeiros a reanimá-lo, apercebi-me logo que estava muito mal", recordou um morador da zona, acrescentando que o acidente terá acontecido cerca das 19 horas.
Paulo tinha terminado o dia de escola e seguia para o desporto. O rapaz iria a casa preparar o saco para seguir para o treino de futebol num complexo desportivo perto de casa. Era jogador do Grupo Desportivo da Carreira.
Causas do acidente averiguadas
Tido como "educado e simpático", Paulinho, como era tratado entre amigos e vizinhos, ainda foi transportado à Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de S. João, no Porto, mas não resistiu.
"Neste troço, em recta, os atropelamentos são frequentes. Ainda no ano passado uma senhora foi atropelada no mesmo sítio, ficou em coma e também faleceu", adiantou uma moradora. "É uma tragédia, assim um rapaz tão novo", lamentavam os residentes.
O acidente chocou vizinhos e familiares do jovem pelo que, ao início da tarde de ontem, sucediam-se as manifestações de solidariedade na casa da família do adolescente. Ontem à tarde, o funeral de Paulo Alexandre ainda não estava marcado.
A GNR de Riba de Ave esteve no local para registar a ocorrência e identificar o condutor envolvido no atropelamento mortal. As causas do acidente serão agora investigadas.