Volta ao Alentejo apresentada em Mourão. Equipas de formação da UAE/Team Emirates na prova

Num protocolo que nasceu em 2010, a Podium Events volta a colocar na estrada, entre 26 e 30 de março, mais uma edição da Volta ao Alentejo, prova que é propriedade da CIMAC-Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, sob a égide da Federação Portuguesa de Ciclismo e da União Ciclista Internacional.

A prova tem início em Beja e, ao longo de cinco dias, serão percorridos 816,2 quilómetros, envolvendo três dezenas de municípios dos “Quatro Alentejos”. Évora, cidade Património da Humanidade e a não menos imponente Praça do Giraldo, recebem o final de mais uma edição da prova.

Beja recebe pela décima vez o começo da “Alentejana”, sendo a recordista de partidas da prova, tendo a última acontecido em 2023. Na primeira etapa, a caravana cumpre 166,6 quilómetros, com a chegada à “Cidade Salúquia”, como é conhecida Moura, com passagem pela albufeira de Alqueva.

Tal como no ano passado, o Campo da Feira, em Castro Verde, será o cenário da partida da segunda etapa, terá uma incursão pelo Litoral Alentejano, antes de afrontar a Serra de Grândola, com a “Vila Morena” a receber a chegada, com o venezuelano Leangel Liñarez a sonhar com o terceiro triunfo consecutivo, depois de percorridos 170,8 quilómetros.

Carvalhal, no concelho de Grândola, protagoniza uma presença inédita da Volta ao Alentejo, naquela que será a etapa mais longa da “Alentejana”, com 180 quilómetros, numa tirada que termina em Arraiolos.

A quarta etapa é uma “clássica” da Volta ao Alentejo, com Monforte a receber a décima partida da prova, numa tirada que terá 147,7 quilómetros, a mais curta, mas a mais seletiva da corrida, com seis contagens de montanha, começando no mítico Cabeço do Mouro e chegada a Castelo de Vide.

Vinte e um anos depois, Estremoz, a cidade dos “Dragões de Olivença”, recebe o início da última etapa da prova, nas pedaladas finais da Volta ao Alentejo, para os derradeiros 151,2 quilómetros da “Alentejana”.

Joaquim Gomes, vencedor da edição de 1988 e diretor da organização, destacou que a Volta ao Alentejo “é a prova mais bela do Mundo".

"Tenho orgulho de ter sido vencedor e sinto-me como mais um alentejano", admitiu.

O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Cândido Barbosa, sustentou que a prova "encarna a preocupação da formação e a sua importância é muito grande pelo lote de jovens e equipas que apresenta".

Equipas presentes

UCI ProTeams (2): Caja Rural/ Seguros RGA (ESP) e Euskaltel/ Euskadi (ESP);

UCI Continental Teams-Estrangeiras (5): EF Education/ Aevolo (USA), Illes Baleares/ Arabay Cycling (ESP), Israel/ Premier Tech Academy (ISR), UAE/ Team Emirates/ Gen Z (UAE) e Project Echelon Racing (USA);

UCI Continental Teams-Portuguesas (9): Anicolor/ Tien 21, APHotels & Resort/ Tavira/ Farense, Aviludo/ Louletano/ Loulé Concelho, Credibom/ LA Alumínios/ Marcos Car, Efapel Cycling, Feirense/ Beeceler, GI Group Holding/ Simoldes/ Oliveirense, Rádio Popular/ Paredes/ Boavista e Tavfer/ Ovos Matinados/ Mortágua;

Equipas de Clube-Portuguesas (3): Óbidos Cycling Team, Porminho Team Sub23 e Soma Group.

A estatística da Volta ao Alentejo mostra que há um empate entre vitórias individuais, entre corredores portugueses e espanhóis, com 14 vitórias para cada uma das nações. A última vitória de um português aconteceu em 2019, na última edição antes da pandemia, que levou à suspensão da prova em 2020. No ano passado, o jovem corredor Afonso Silva (APHotels & Resort/ Tavira/ Farense), de 24 anos, natural de Odemira, foi o 4º da Geral Individual a escassos 13 segundos do vencedor.