Quebra de atividade levou ao despedimento coletivo de 364 pessoas, mas empresa espera aumentar a competitividade e conquistar novos projetos.
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A Yazaki, que há cerca de um mês deu início a um processo de despedimento coletivo de 364 trabalhadores da sua fábrica em Ovar, não faz planos de deixar o país. Em resposta ao JN, a empresa refere que a “redução do número de efetivos prevista neste processo de despedimento prevê uma adaptação da equipa às necessidades atuais da operação em Portugal, pela clara intenção da Yazaki em manter a sua atividade em Portugal”, o que contraria rumores de que a multinacional japonesa pretende deslocalizar a produção. A Yazaki considera este “ajustamento” como uma ação necessária para aumentar a “competitividade e reunir as condições para conquistar projetos com maior valor acrescentado e maior integração tecnológica”.
“Ao longo dos últimos anos, e perante a quebra de atividade significativa, a direção da Yazaki Saltano de Ovar desenvolveu todos os esforços no sentido de garantir a manutenção dos postos de trabalho, através da realocação dos colaboradores para outras áreas onde havia maior volume de trabalho, da redução de turnos devido à falta de carga horária, tendo também aumentado as horas de formação dos colaboradores”, esclareceu a empresa.
No entanto, “não foi possível encontrar solução para a grande maioria dos colaboradores das áreas com maiores quebras de produção, o que resultou na necessidade imperiosa de redução do número de colaboradores da Yazaki Saltano de Ovar através de um processo de despedimento coletivo, que teve início no dia 13 de março”, acrescenta.
Neste momento decorre o processo de negociação com os sindicatos e comissão de trabalhadores, mas a empresa não descarta a possibilidade de reduzir o número de pessoas dispensadas, assegurando que “todas as situações que surjam que possam permitir à empresa garantir a manutenção/restabelecimento de postos de trabalho serão naturalmente equacionadas”.
Atualmente continuam afetos à fábrica de Ovar 1900 colaboradores.