As zonas de risco que já estavam identificadas nas muralhas da Fortaleza de Valença, antes da derrocada de 1 de janeiro, num ponto fora da área considerada crítica, foram vedadas por questões de segurança.
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De acordo com o presidente da Câmara de Valença, José Manuel Carpinteira, até agora não foram encontradas outras partes de muralha ameaçadas, pelos técnicos da Direção Regional de Cultura do Norte e da autarquia, que se encontram no terreno.
"Não foram identificados pontos críticos novos, apenas aquelas duas ou três fissuras que já estavam identificadas anteriormente, por uma questão de prevenção fizemos a vedação. Esses pontos são junto à pousada S. Teotónio", declarou José Manuel Carpinteira, referindo que, neste momento, a medida não afeta nem a unidade hoteleira ou qualquer habitação da zona histórica. "Foram vedados apenas os muros que ficam mais próximos da pousada, mas na parte exterior. Vedamos esses espaços por uma questão de alguma segurança", afirmou o autarca, adiantando que "isso vai-nos obrigar a trabalhar mais depressa".
Na manhã de 1 de janeiro, uma parte das muralhas da fortaleza de Valença ruiu, na sequência de chuvas torrenciais que assolaram a região. O autarca indicou, na altura, que a derrocada tinha afetado "cerca de 100 metros" da muralha, voltada ao rio Minho, na zona da Coroada, e que, nesse mesmo dia, foi registado um segundo desabamento ampliando a área afetada. Apelou à "solidariedade do Governo com o município" para reconstrução daquele património.
No dia 2 de janeiro, a fortaleza foi visitada pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que reconheceu a necessidade de recuperação imediata da zona afetada e, posteriormente, o desenvolvimento de um projeto "para uma intervenção mais estrutural em toda a muralha, não só para salvaguardar a estabilidade e a segurança, mas tendo em conta que está planeada uma candidatura da fortaleza a Património da Humanidade". Defendeu, na altura, ser prioritário "identificar os pontos onde é mesmo urgente intervir".