Cerca de um mês após receber o seu primeiro licenciamento, ao fim de 26 anos em funcionamento, o Jardim Zoológico da Maia acolheu novos animais, os primeiros que vão beneficiar das obras de ampliação que decorrem até outubro.
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"São uma pantera negra e um leopardo normal", disse à Lusa Carlos Teixeira, diretor e fundador do zoo da Maia, para além de presidente da Junta da mesma freguesia, informando que estes animais "já se conhecem há muito tempo, estiveram em Lisboa enquanto decorriam as obras de ampliação".
Para além do casal de felinos, o Jardim Zoológico da Maia espera ainda mais "três ou quatro leões" para acompanhar os dois que já lá habitam, para além de tigres e um novo reptilário, no que o diretor do zoo considerou "um sacrifício" em prol da maior "dignidade dos animais".
O Jardim Zoológico da Maia foi uma obra levada a cabo pela Junta de Freguesia, "sem grandes recursos técnicos ou materiais", segundo o presidente da junta e diretor do zoo, para quem, "depois de 26 anos, durante um período sem uma legislação que proibisse algumas das irregularidades cometidas, foi-se adquirindo as condições necessárias."
"Hoje há uma legislação e, efetivamente, uma advertência das autoridades no sentido de encerrar o jardim caso não reúna as condições", informou Carlos Teixeira, pelo que "optou-se, como é evidente, pela melhoria das condições."
Segundo o diretor do zoo da Maia, o jardim já providencia espaços "com a máxima qualidade e com todas as condições exigidas". As obras de ampliação duplicaram a área do zoo para uma área de 30 mil metros quadrados, no que implicou "menos habitats, mas habitats mais amplos", no que segundo Carlos Teixeira, "para um zoo é o suficiente, porque mais do que isto já seria um safari."
"O jardim vai manter o mesmo número de animais, porventura animais mais emblemáticos, mas sem cometer o erro inicial, ou seja, transformar o jardim numa montra de exposição de animais", disse à Lusa o diretor do zoo.
"Isso acabou. Os animais vão sentir, e o público também há de reparar, que estão com mais dignidade", garantiu.