Foi a 31 de agosto de 1997 que a Princesa do Povo morreu num acidente rodoviário em Paris. O momento será abordado na 6.ª temporada da série “The Crown”, que estreia neste outono na Netflix.
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“Diana, a Princesa de Gales, morreu”. Foi assim que a 31 de agosto de 1997 o mundo despertou com a notícia da morte da mãe dos príncipes William e Harry, e primeira mulher do agora rei Carlos III, na sequência de um trágico acidente de viação em Paris.
O desastre que aos 36 anos vitimou Diana, o namorado Dodi Al- Fayed e Henri Paul, o motorista do Mercedes em que circulavam, a alta velocidade, quando eram perseguidos por paparazzi, continua a alimentar teorias de conspiração. Apenas o guarda-costas que os acompanhava, Trevor Rees-Jones, sobreviveu, mas nunca conseguiu recordar os minutos que antecederam a tragédia, cuja conclusão foi que o motorista ia em excesso de velocidade, sob efeito de álcool e antidepressivos. Também foi apurado que nenhum dos ocupantes tinha posto o cinto de segurança.
Morte recriada na Netflix
Este episódio dramático será recriado na 6.ª e última temporada da série da “The Crown” (Netflix), prevista para o outono e que exigiu uma “enorme sensibilidade” na rodagem, segundo os produtores executivos Andy Harries e Suzanne Mackie.
“O público irá julgar no final, mas acho que foi recriado de forma delicada e cuidadosa”, disse Mackie, antes de notar o profissionalismo de Elizabeth Debicki, a atriz que faz de Diana.
A série aborda ainda os anos seguintes do final da década de 90 em diante, inclusive o início do namoro de William e Kate, os atuais príncipes de Gales. Mas será o escândalo da fantasia nazi do príncipe Harry, em 2005, que mais se destacará em "The Crown". Uma rebeldia que, implicitamente, terá sido consequência da morte de Diana.
O trauma que persiste
Harry tinha 12 anos quando a mãe faleceu e, como admitiu este ano, a Anderson Cooper no programa “60 Minutos” (CBS), durante anos acreditou que a mãe tinha fingido a morte. “Recusei-me a aceitar que ela tinha desaparecido”, disse.
Aos 23 anos, o irmão mais novo de William fez questão de ir a Paris e passar no local do acidente à mesma velocidade do carro de Diana: “Queria provas de que ela morrera mesmo ali”.
Na série documental “O coração dos invictus”, que produziu e estreou ontem na Netflix, Harry recorda os problemas de saúde mental que sofreu após voltar da guerra no Afeganistão, onde esteve em missão. A experiência reacendeu o trauma de ter ficado órfão de mãe e foi através da terapia que Harry percebeu que havia outras formas de viver.
A Princesa do Povo partiu há 26 anos, mas a sua marca e carisma são indeléveis, sendo lembrada inclusive pelos figurinos e joias que as noras exibem em atos oficiais. Kate Middleton, mulher de William, é quem mais vezes tem homenageado a falecida sogra, com quem não privou. O que aumenta o escrutínio sobre a sucessora de Diana, Camilla, a atual mulher do rei Carlos.