Advogado das vítimas do rapper P.Diddy acusado de infetar mulher com doença venérea
Tony Buzbee, o advogado das alegadas vítimas de P.Diddy e Jay-Z, que os acusam de crimes sexuais, foi processado por supostamente infetar uma mulher com uma doença sexualmente transmissível. A queixa deu entrada, na quinta-feira, no Tribunal Supremo de Nova Iorque. O causídico afirma que se trata de "conspiração".
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Enquanto diariamente se somam acusações de abusos sexuais contra o rapper P.Diddy, envolvendo agora também o músico e marido de Beyoncé, Jay-Z, o advogado que representa as alegadas vítimas, enfrenta uma queixa por alegadamente ter infetado uma mulher, identificada como Jane Doe, com uma doença venérea.
Segundo a revista “People”, o processo foi aberto, na quinta-feira, 19 de dezembro, no Tribunal Supremo de Nova Iorque. A queixosa alega que conheceu Buzbee através da internet, em 2018, seguindo-se um jantar e um espetáculo em Houston, antes do advogado a levar para um hotel cinco estrelas.
Nos documentos judiciais, a mulher sublinha que Tony Buzbee não terá partilhado que tinha uma doença sexualmente transmissível, sendo que a queixa não especifica qual.
Jane Doe relata que, após “sensações desconfortáveis na virilha”, consultou um médico de confiança, que a examinou, confirmando ter sido infetada. Acrescenta que o causídico não se manifestou preocupado com o diagnóstico, mas sabia que tinha a doença e pediu-lhe para guardar segredo, sendo que garante que continuaram a manter relações sexuais.
Numa das saídas a dois, num bar em Nova Iorque, alega também que Buzbee a agrediu com uma taça de champanhe na cara, assegurando ter registos médicos e odontológicos, e dente lascado, que o provam.
Ainda no processo, a mulher revela que aceitou que o advogado a representasse, em 2021, no seu processo de divórcio, durante o qual Tony Buzbee, conforme destaca, terá adulterado relatórios médicos para fazer crer que foi o marido de Jane a passar-lhe a doença venérea.
Desta forma, processa o famoso advogado por negligência legal, violação da lei, violação do dever fiduciário, deturpação fraudulenta e interferência ilícita. Em declarações à “People” e nas redes sociais, ele nega tudo, argumentado que o processo é “frívolo, risível e ridículo e será rejeitado como os outros”.
Tony Buzbee defende que se trata de “conspiração” da parte da Roc Nation, a empresa de entretenimento de Jay-Z, que, no início do mês, foi acusado de agressão sexual ocorrida em 2003, juntamente com P.Diddy, por uma cliente de Buzbee, que tinha 13 anos na altura dos factos.
Esta sexta-feira, o seu escritório entrou com mais uma queixa no Tribunal Federal de Nova Iorque "em nome de uma mulher que alega ter sido violada sexualmente por Sean Combs (Diddy) em Manhattan quando tinha 19 anos".

