A tragédia que, em junho de 2011, abalou o país continua a ecoar no tempo. Edmundo Vieira presta homenagem sentida ao amigo Angélico Vieira mais de uma década depois da sua morte.
Corpo do artigo
Foi há 14 anos, na madrugada de 25 de junho de 2011, que o meio artístico português foi abalado pela tragédia. Angélico Vieira, conhecido pelo seu papel como David — o carismático Mister D — na série juvenil “Morangos com Açúcar” e como membro da icónica boysband D’ZRT, sofreu um grave acidente de viação na A1, perto de Estarreja. Apesar dos esforços médicos, o artista viria a falecer três dias depois, no Hospital de Santo António, no Porto.
Esta quarta-feira, Edmundo Vieira, amigo próximo e colega de banda de Angélico, recorreu às redes sociais para prestar uma homenagem emotiva.
“Há 14 anos, neste dia, recebi a notícia de um acidente que mudaria a minha vida. Desde então que te trago sempre comigo”, escreveu o cantor nas histórias do Instagram, partilhando uma imagem simbólica de uma pulseira com uma pena — uma alusão à memória e à ligação eterna entre os dois.
No feed, partilhou ainda um excerto da sua nova canção, dedicada a Angélico: “Saudade é o que ficou, desde o dia em que te vi partir. O mundo parece tão vazio, sem o som da tua voz por aqui.” Edmundo promete lançar em breve aquela que descreve como “a música mais pessoal" que alguma vez escreveu.
Mas nem tudo ficou na memória e no coração: o caso do acidente que vitimou Angélico chegou ao Supremo Tribunal de Justiça. O recurso, no valor de 5,7 milhões de euros, foi interposto por António Milton e Filomena Vieira, pais do artista.
Em 2015, o Tribunal Cível de Aveiro deu como provado que o cantor circulava a uma velocidade entre 206,81 e 237,30 km/h e considerou que o acidente resultou dessa conduta. Como tal, os pais de Angélico e outros dois réus foram condenados a pagar solidariamente uma indemnização de 117 mil euros à família de Hélio Filipe, o jovem que também morreu no acidente.
A perda de Angélico Vieira continua a marcar a cultura pop portuguesa. Mister D, como também era conhecido, partiu cedo demais, mas permanece vivo nas canções, na televisão e, acima de tudo, na memória de quem o acompanhou. Partiu faz, este sábado, 14 anos.