Ana Cabecinha vai participar nos 20 km marcha dois meses após nascer o seu primeiro filho. Em Paris, há várias desportistas com herdeiros pequenos.
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Conciliar o dia a dia com filhos e vida profissional nem sempre é fácil, ainda mais quando se trata de mães e atletas de alta competição. Mas não é utopia, como provam algumas desportistas que vão aos Jogos Olímpicos Paris2024, entre elas a portuguesa Ana Cabecinha.
Porta-estandarte da comitiva lusa, a marchadora soube que estava grávida depois de se qualificar pela quinta vez. Continuou a treinar e Lourenço nasceu a 8 de maio. Na capital francesa, mesmo sem perceber, “vai ser a maior motivação” para a mãe cortar a meta. À agência Lusa, Ana adiantou que o bebé é a “medalha deste ano”.
A judoca francesa Clarisse Agbegnenou confirmou que “é possível” ser hexacampeã 11 meses após ter dado as boas-vindas a Athena, que tem agora dois anos. A sua abordagem à amamentação despertou consciências e o Comité Olímpico Francês disponibiliza quartos de hotel para as atletas lactantes.
Filhos aliviam pressão
Florence, de dois anos, também se tornou parte da jornada da canoísta australiana Alyce Wood. Para ela, ter um filho pequeno ajuda a aliviar a pressão. Em Paris, contará ainda com o apoio do marido, Jordan.
A maratonista Genevieve Gregson, também da Austrália, verá Archer, de dois anos, todos os dias, assim como Keesja Gofers contará com a presença de Teleri.
Pela primeira vez, a Aldeia Olímpica terá uma creche (Espaço Família), para que todos, mães ou pais, possam estar com os respetivos herdeiros, entre provas e treinos exaustivos.