A 20 de novembro de 2023, Nuno Lopes foi acusado pela realizadora norte-americana A. M. Lukas de a ter drogado e violado. Um ano depois, recusado um acordo, ator pretende ser julgado por um júri nos Estados Unidos.
Corpo do artigo
Na semana em que Nuno Lopes se estreou no papel de Gaspar na nova novela da TVI, “A Fazenda", sabe-se que o ator manifestou vontade de responder perante um júri nos Estados Unidos à acusação de violação de que é alvo.
Acusado pela guionista Anna Martemucci, mais conhecida como A.M. Lukas, que interpôs ação judicial a 20 de novembro de 2023, de acordo com documentos a que o “Observador” teve acesso, o artista recusou um encontro com as partes e pediu para ir a tribunal.
O julgamento é quase certo e, ainda sem data prevista, deverá acontecer perante um júri, num processo com 200 testemunhas, conforme requereu Nuno Lopes às autoridades de Nova Iorque, à semelhança do pedido da queixosa, em novembro do ano passado.
No sistema judicial norte-americano, a decisão de um júri em casos cíveis não precisa de ser unânime, o que poderá beneficiar a defesa do ator português. Entre seis jurados, se dois decidirem pela defesa, Nuno Lopes poderá ser absolvido.
O processo arrastou-se por problemas em notificar o também DJ, quer pela morada estar errada, como por ser identificado como cidadão brasileiro. Ultrapassada a barreira, no rol das testemunhas, Nuno destacou uma pessoa residente na Noruega.
A.M. Lukas alega ter sido drogado e violada em abril de 2006, durante o Festival de Cinema de Tribeca, em Nova Iorque. A guionista norte-americana, de 41 anos, que se identifica como pessoa não binária, conta que conheceu o ator, de 46, na estreia mundial do filme “12 Horas até ao amanhecer”.
Após conversarem e beberem um copo de vinho, diz ter sentido o corpo “mais pesado do que o normal”, perdendo depois a consciência, embora tenha presente a imagem de estar nua e a ser tocada por Nuno Lopes, no apartamento do ator.
Quando a acusação veio a público, em novembro do ano passado, o artista luso garantiu, em comunicado, ser “moral e eticamente incapaz de cometer os atos” que lhe são imputados.