A atriz canadiana Jasmine Mooney, conhecida pela participação no filme "American Pie: O Livro do Amor", revelou que esteve 12 dias retida num centro de imigração, após tentar pedir o visto de trabalho nos Estados Unidos. Na sexta-feira, foi deportada para o Canadá.
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Ao tentar renovar o visto de trabalho nos Estados Unidos, Jasmine Mooney acabou detida pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE), como relatou ao jornal "The New York Times".
Conhecida por participar no filme "American Pie: O Livro do Amor", em 2009, a atriz contou que levou a sua documentação aos oficiais da fronteira de San Ysidro, na Califórnia, depois de receber uma proposta de emprego numa startup americana.
Jasmine apenas queria a autorização que permite que profissionais do Canadá e do México trabalhem temporariamente nos Estados Unidos. Atualmente, está ligada à indústria de saúde e bem-estar, e ia ajudar a lançar uma marca americana de tónicos.
"Eles disseram: 'Mãos na parede'", contou, explicando que foi posta numa cela pequena por dois dias, antes de ser transferida para um centro de detenção do Serviço de Imigração perto de San Diego.
"Não estou a tentar estar aqui ilegalmente", explicou às autoridades, a quem declarou a vontade de regressar a casa em Vancouver, no Canadá.
Seis dias depois, Jasmone Mooney e foi algemada e transferida para outra prisão do Serviço de Imigração, no Arizona. A atriz acrescentou que lhe fizeram várias perguntas para verificar tinha sido abusada sexualmente ou tentado suicídio.
Durante os 12 dias em que esteve detida, também falou com a TV KGTV, admitindo que isso contribuiu para ser libertada. Na sexta-feira, 14 de março, foi para o Aeroporto Internacional de San Diego e escoltada até ao avião com destino a Vancouver, estando proibida de regressar aos EUA durante cinco anos, mas já disse que vai recorrer.
Desde que Donald Trump assumiu posse como presidência dos Estados Unidos,a 20 de janeiro, têm sido aplicadas várias medidas relacionadas com a imigração de acordo com a sua agenda "America First" ("América em Primeiro Lugar"), como aquela que afetou Jasmine Mooney.
"A realidade ficou clara: a detenção no ICE não é apenas um pesadelo burocrático. É um negócio. Essas instalações são de propriedade privada e administradas com fins lucrativos", acusou a canadiana através de um texto publicado pelo "The Guardian".