Ex-primeira dama da França está sob vigilância judicial em processo de financiamento ilegal de campanha do marido, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy.
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Interrogada primeiro como testemunha, em 2023, e depois já como suspeita, em maio deste ano, Carla Bruni foi agora acusada no âmbito do processo de financiamento ilegal da campanha presidencial de 2007 do marido, Nicolas Sarkozy. O caso envolverá dinheiro da Líbia.
Após interrogatório, na terça-feira, a cantora italiana e ex-primeira dama de França ficou sob vigilância judicial e proibida de contactar com os outros envolvidos no caso, à exceção do seu marido.
“Dissimulação de suborno de testemunha” e “participação numa organização criminosa com vista a cometer o crime de fraude” são os factos imputados a Carla Bruni.
Fonte judicial acrescentou que a antiga modelo terá interferido na mudança da versão de testemunhos, principalmente o de Ziad Takieddine. O empresário franco-libanês começou por relatar ter entregue pastas com milhões de euros provenientes do ditador líbio Muammar Khaddafi ao chefe da equipa de Sarkozy, o que depois desmentiu.
Advogados querem impugnar
Segundo os advogados de Bruni, Paul Mallet e Benoît Marrinez, em declarações à AFP, a decisão do tribunal, “pronunciada nos mesmos termos à concernente ao seu marido (...) é apenas a continuação processual lógica e não tem mais fundamento, nem jurídica nem fatuamente”. Os causídicos garantiram que “Carla Bruni-Sarkozy está decidida a exercer os seus direitos e impugnar esta decisão infundada”.
Uma investigação concluiu que Carla Bruni apagou mensagens trocadas com Michele Marchand, a rainha dos paparazzi em França, quando, em junho de 2021, esta foi acusada de manipulação de testemunhas.
Nicolas Sarkozy será julgado em 2025, embora continue a negar ter recebido fundos da Líbia, tendo já sido condenado duas vezes em outros processos.

