Uma ex-funcionária revelou que o rei Carlos III impôs restrições para proteger as canalizações antigas e preservar a qualidade do ar. Em Buckingham, a rotina real obedece a regras rígidas e ecológicas.
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Viver em Buckingham não é propriamente um conto de fadas. Por trás das portas douradas e dos corredores imponentes do palácio real, existe uma lista rigorosa de “nãos”, muitos deles ditados diretamente por Carlos III. Desde que assumiu o trono, em 2022, o monarca de 76 anos tem deixado claro que a pompa não pode pôr em risco o planeta, nem o sistema de esgotos.
Segundo uma ex-funcionária de limpeza, Anne Simmons, que concedeu uma entrevista ao site australiano News.com.au, as toalhitas húmidas — mesmo as consideradas biodegradáveis — foram banidas. A razão principal prende-se com os frequentes entupimentos nas canalizações antigas do palácio, que geravam reparações dispendiosas. Carlos III, conhecido pelo seu ativismo ambiental antes de ser rei, terá decidido acabar com o problema de forma definitiva.
Além disso, as velas aromáticas também estariam proibidas no palácio, uma medida que visa preservar a qualidade do ar, já que estes produtos libertam partículas que podem ser prejudiciais, sobretudo num edifício tão antigo e delicado.
Estas informações ilustram a atenção extrema aos detalhes que caracteriza o reinado de Carlos III. A rotina do monarca inclui exigências rigorosas, desde a quantidade precisa de pasta de dentes que usa até ao cuidado diário com as suas roupas de dormir.
Desde o falecimento da rainha Isabel II, Carlos III procura encontrar o equilíbrio entre a tradição e uma liderança mais moderna, com especial foco na sustentabilidade e nas causas sociais. A sucessão do trono está a ser preparada com o príncipe William e o neto George, que se preparam para assumir responsabilidades no futuro.
Até lá, é Carlos quem dita as regras no palácio. E, neste reinado, toalhitas descartáveis e fragrâncias artificiais parecem ter ficado fora de cena.