Apresentadora da TVI reagiu à absolvição da humorista, lembrando que também já foi alvo de sátira, mas sem nunca recorrer aos tribunais. Cristina Ferreira sublinhou que o humor deve ser inteligente e não ofensivo, deixando ainda uma palavra de apoio a Nélson e Sérgio Rosado, dos Anjos.
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Cristina Ferreira aproveitou o espaço do programa "Dois às 10", das manhãs da TVI, para comentar o desfecho do processo que colocou frente a frente os irmãos Nélson e Sérgio Rosado, da dupla Anjos, e Joana Marques. A humorista foi absolvida, mas a apresentadora não escondeu a sua posição, num discurso marcado por críticas, comparações e mensagens de apoio.
"Já fui visada pela Joana dezenas de vezes, nunca na minha vida pensei em colocar-lhe nenhum processo. Posso ter ficado mais ou menos feliz com alguma coisa que tenha dito, mas não me senti lesada. Sou das que acha que o humor inteligente é aquele que não ofende, que não faz doer", afirmou.
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"Um beijinho aos Anjos"
A estrela da TVI reforçou o seu apoio a Nélson e Sérgio Rosado, que saem derrotados do processo judicial. "Um beijinho aos Anjos, porque não deve ser um dia fácil para eles. Acho que também sonharam aqui com algumas coisas que, para o comum dos mortais, se percebia que não iam correr bem. Isso não retira em nada o percurso que já fizeram e o que ainda vão fazer", destacou.
Ainda assim, Cristina Ferreira não deixou de enviar uma palavra a Joana Marques: "Um beijinho também para a Joana, que continue o seu trabalho da forma como o entende. Se alguém se sentir lesado, deve fazer aquilo que cada um de nós deve fazer: ir a tribunal. Depois, ou se ganha ou se perde. É só isso."
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A também diretora da estação de Queluz de Baixo recordou ainda que foi muitas vezes alvo do humor de Marques, mas voltou a frisar a sua posição: "É legítimo que o façam, estão cá os tribunais para perceber se houve ultrapassagem dos limites. Mas acho que todos devemos olhar um bocadinho para o tipo de humor que fazemos."
Cristina Ferreira chegou mesmo a comparar os conteúdos da radialista com o humor de Herman José, que descreveu como "inteligente" e um "privilégio" para quem era caricaturado.
Com esta tomada de posição, Cristina Ferreira soma-se às várias figuras públicas que têm reagido ao desfecho do caso, que voltou a acender o debate entre liberdade de expressão e limites do humor.