Atriz, que esteve a gravar série para a HBO, diz que regressou, ao fim de seis meses, mais "calma e ponderada". O que mais lhe custou foi o afastamento do filho e do namorado. Agora, marca de roupa é novo projeto.
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Seis meses depois de ter emigrado para o Brasil para gravar a série "Dona Beija" para a HBO, Rita Pereira conta que a experiência afetou a sua personalidade.
"Mudei muito enquanto pessoa. Já me disseram que estou diferente, estou mais calma e ponderada naquilo que digo, naquilo que sinto. Tenho mais certezas do que quero, amadureci mais em seis meses do que nos últimos dez anos", refere a atriz em conversa com o JN.
O lado menos positivo foram as saudades do filho, Lonô, e do namorado, Guillaume Lalung , de quem se escreveu que estaria separada, algo que negou, entretanto.
"Foi uma solidão muito grande. Pensei muitas vezes no tempo em que as pessoas emigravam e ainda não havia videochamadas. Elas fazem toda a diferença e são a tecnologia de ponta de quem está sozinho noutro país", acrescenta Rita, que, apesar de tudo, conseguiu ir estando com a família, com visitas pontuais a um lado e a outro.
E agora? "Quero coisas diferentes e voltava ao Brasil por causa disso. O objetivo é ter outros projetos e esse sonho está mais perto do que há seis meses", frisa.
Além da televisão, a atriz tem uma nova marca de jeans, projeto que ainda mantém em segredo. "Amo os jeans e são uma tendência. Comecei a imaginar o que gostaria de vestir para estar supermoderna, mas também confortável. A coleção dará para todos os corpos e tenho a certeza que as pessoas vão adorar. A inspiração sou eu".
Mais do que esperava
Voltemos ao remake de "Dona Beija". "É uma das séries mais esperadas no Brasil, além do "Renascer", que está a passar agora lá. Só isso leva-me a ficar orgulhosa", frisa Rita Pereira, confessando que tinha expectativas moderadas antes de rumar ao Rio de Janeiro.
"Tive a oportunidade de ir fazer uma produção internacional e, de repente, a minha personagem era incrível. Trabalhei com pessoas espetaculares. O meu sonho era só fazer um projeto no Brasil onde servisse um café. De repente, não foi só isso!".
E a artista afirma que voltava já para o outro lado do Atlântico. "Por mim, ia já a seguir para o aeroporto. Trabalho há 20 anos no mesmo canal [TVI], na mesma equipa e para o mesmo público. Fico feliz quando tenho feedback positivo, é verdade, mas não é o mesmo. Sei que cá me validam, mas é diferente quando não te conhecem de lado nenhum e te dão os parabéns pelo teu trabalho."