Catarina Furtado, Marisa Cruz, Ivete Sangalo e Selma Blair estão entre as figuras públicas que partilham experiências e quebram tabus em Portugal e no estrangeiro
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Hoje celebra-se o Dia Mundial da Menopausa, criado pela Sociedade Internacional da Menopausa para promover informação, apoio e bem-estar nesta fase de transição. Outubro é também o mês dedicado ao tema, convidando ao diálogo sobre algo que, durante décadas, foi mantido em silêncio.
Sofia Ribeiro foi uma das primeiras portuguesas a partilhar publicamente a sua experiência. Em 2016, após o diagnóstico de cancro da mama, revelou que vivia uma menopausa precoce induzida. "Não é fácil o raio da menopausa aos 31", confidenciou, abrindo caminho para conversas sobre os impactos físicos e emocionais desta fase.
Exemplos que inspiram
Catarina Furtado sublinha a importância de quebrar o silêncio: "São caminhos que se abrem para retirar a mulher de lugares tabu que acentuam o seu sofrimento escondido". Marisa Cruz confessou sentir, no início, "um peso enorme, quase uma vergonha", mas aprendeu a encarar a menopausa à semelhança de "uma fase como todas as outras".
Luana Piovani, que vive em Portugal, explicou que se inspirou em Naomi Watts e Michelle Pfeiffer para encarar esta etapa com naturalidade. Claudia Raia transformou a experiência em teatro com o espetáculo "Cenas da menopausa" e Fernanda Lima lançou o podcast "Zen Vergonha", ajudando mulheres a reconhecerem-se.
Aos 53 anos, Ivete Sangalo afirmou que "é importante vivenciar cada situação para compreender melhor a fase da vida". Esta semana, nos EUA, Selma Blair e Constance Zimmer reforçaram a necessidade de informação. Zimmer defendeu que, "quando se chega a esta fase, é preciso estar preparada, mas muitas não estão", enquanto Blair incentivou mulheres a exigirem respostas médicas para problemas muitas vezes ignorados.
Mais do que uma condição biológica, a menopausa é também saúde, cultura e empatia. Falar sobre o que se sente continua a ser o gesto mais transformador, e estas mulheres provam que o silêncio, finalmente, não tem lugar. v