Radialista e responsável pelos prémios “Monstros do Ano” prestou depoimento a favor de Joana Marques. Para Fernando Alvim, o episódio envolvendo os Anjos foi um “momento isolado” e um exercício de humor.
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O julgamento que opõe a dupla musical Anjos a Joana Marques continuou a dominar atenções esta segunda-feira, com o depoimento do radialista Fernando Alvim, criador e responsável pelos prémios humorísticos “Monstros do Ano”. Alvim foi chamado a testemunhar a favor da humorista e defendeu que o caso é um episódio isolado, um momento mais de mágoa do que de prejuízo para a banda.
Durante a audiência, Fernando Alvim explicou que o vídeo que está na origem do processo, onde os Anjos aparecem a cantar o Hino Nacional de forma considerada insólita, foi exibido na cerimónia “Monstros do Ano” sem qualquer edição, por considerar o momento engraçado e de humor. O radialista garantiu não ter manipulado o conteúdo e que o vídeo já circulava antes de Joana Marques o publicar.
“Os Anjos tiveram só um dia mau e estão mais magoados do que lesados”, afirmou Alvim, que classificou o episódio como um “momento isolado numa carreira longa”. Questionado sobre se considerava que a banda tinha sido lesada financeiramente ou na reputação, o radialista respondeu que acredita que o caso veio chamar a atenção para algo que hoje em dia quase ninguém lembraria.
No tribunal, a assitir esteve ainda Ana Galvão, radialista e amiga de Joana Marques, que manifestou apoio à colega, considerando que esta tem razão no processo.
Também prestou depoimento António José Pereira Gomes, representante legal da empresa Senhores do Ar, que gere os concertos dos Anjos. Gomes afirmou que os cancelamentos de espetáculos na sequência do episódio tiveram impacto financeiro e na carreira da dupla, mencionando cancelamentos em Monte Gordo, Pedrógão, França e Luxemburgo.
A terceira sessão do caso Anjos vs. Joana Marques terminou por volta das 16.30 horas, "feita com muito sacrifício”, como frisou a juíza ao encerrar a audiência, referindo-se ao calor.
A próxima sessão está marcada para 11 de julho, poucos dias antes do início das férias judiciais. Os trabalhos começam às 10h, com o depoimento de Pedro Taborda (Tatanka), seguido pela audição de Joana Marques.