Russell Brand foi acusado de agredir sexualmente uma figurante de um filme numa ação civil nos Estados Unidos.
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Segundo o processo, citado pela BBC, durante as filmagens da comédia romântica "Arthur", em julho de 2010, o homem ter-se-á exposto à mulher antes de a seguir até à casa de banho.
A polícia britânica está a investigar uma série de acusações de violação, agressões sexuais e abuso emocional feitas contra Brand, mas este caso, aberto no Supremo Tribunal do Estado de Nova Iorque, marca a primeira vez que tais acusações foram feitas numa ação judicial.
De acordo com a queixosa, que se manteve sob anonimato, o ator "parecia embriagado, cheirava a álcool e tinha uma garrafa de vodca no set" antes do incidente em 7 de julho de 2010. Segundo a imprensa, Brand expôs-se à mulher à vista do elenco e da equipa técnica. Mais tarde, no mesmo dia, Brand entrou na casa de banho atrás dela e agrediu-a enquanto “um membro da equipa de produção guardava a porta do lado de fora”.
O estúdio cinematográfico Warner Bros Pictures e outras empresas envolvidas na produção também são citados como réus.
A mulher diz que, como resultado do alegado abuso, sofre de extremo constrangimento, vergonha e medo, além de ter dificuldade em confiar nos outros. Diz ainda que tem preocupações profissionais em ser citada em associação com o caso, pois ainda trabalha como atriz e teme poder ser colocada na “lista negra da indústria”.
Investigado no Reino Unido
As alegações de quatro mulheres contra Brand foram feitas pela primeira vez numa investigação conjunta do "Sunday Times", "Times" e "Channel 4's Dispatches". As queixosas alegaram que o ator as tinha abusado sexualmente no Reino Unido e em Los Angeles durante um período de sete anos, entre 2006 e 2013, quando ocupou cargos de destaque na "BBC Radio 2", no "Channel 4" e como ator de Hollywood.
Um dia antes de a investigação ter sido publicada, Brand partilhou um vídeo nas redes sociais onde negou as acusações, alegando que as suas relações “foram absolutamente, sempre consensuais”.