Filhas de P. Diddy abandonam tribunal durante testemunhos chocantes no julgamento do pai
Chance, D'Lila e Jessie não conseguiram suportar os relatos gráficos sobre os abusos alegadamente cometidos pelo pai no início do julgamento do rapper. Visivelmente afetadas, as filhas de Sean "Diddy" Combs deixaram a sala enquanto as acusações contra o magnata da música se intensificavam.
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O início do julgamento de Sean “Diddy” Combs, magnata da indústria musical norte-americana, foi marcado por detalhes explícitos e perturbadores sobre as acusações que envolvem o rapper de 55 anos.
O efeito nas filhas, Chance, de 19 anos, e as gémeas D’Lila e Jessie, de 18, foi evidente, com as jovens a saírem da sala de audiências em duas ocasiões, quando começaram a ouvir as descrições gráficas de abusos e crimes sexuais cometidos pelo seu pai, também conhecido como P. Diddy ou simplesmente Diddy.
O julgamento, iniciado a 12 de maio, concentra-se em acusações graves, incluindo tráfico sexual, extorsão e violência doméstica. A vítima central é a ex-namorada de Combs, Cassie Ventura, que o acusa de agressões físicas repetidas e coerção para participar de rituais sexuais humilhantes. A acusação alega que Combs forçou várias mulheres a participar dos chamados “Freak Offs” — festas prolongadas e regadas a drogas, onde os participantes eram filmados e ameaçados de chantagem.
Daniel Phillip, um trabalhador sexual, foi uma das primeiras testemunhas a depor e detalhou episódios de violência contra Cassie. Durante o seu depoimento, que incluiu relatos explícitos de abusos sexuais e físicos, as filhas de Combs abandonaram o tribunal em momentos de grande desconforto. O advogado de defesa do rapper, embora tenha reconhecido a violência doméstica, negou que os atos de Diddy constituam crimes de tráfico sexual ou coerção, argumentando que as relações entre ele e as vítimas eram consensuais.
Impacto familiar
Os momentos mais dramáticos do julgamento ocorreram quando o tribunal exibiu imagens de Ventura a ser brutalmente agredida por Combs num hotel da Califórnia, em 2016. As provas mostraram não só o abuso físico, mas também a tentativa de suborno de um funcionário de segurança do hotel para que este não testemunhasse.
O apoio da família de Combs, que esteve presente no tribunal, contrasta com a dor visível nas filhas dele. Chance, D’Lila e Jessie, apesar do sofrimento emocional, não se distanciaram totalmente do pai, voltando no dia seguinte a tribunal, mas o julgamento vinca o impacto devastador que o processo está a ter, não só na imagem pública do rapper, mas também nas dinâmicas familiares.
Se for condenado, P. Diddy enfrenta uma possível sentença de prisão perpétua. No entanto, a defesa alega que as acusações são motivadas por interesses financeiros e disputas pessoais.