Apresentadora fala em poluição e na falta de organização na saúde para justificar a razão de ter deixado a cidade. Agora, tem uma horta.
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A novidade foi dada por Filomena Cautela aos jornalistas, a propósito das couves que não vai colher este ano no Natal, como é costume, “por falta de tempo”. “O que estou a ganhar mais com a mudança para o campo é, para já, menos poluição do ar, algo de que se devia falar mais. Podemos ver no futuro um ‘Programa cautelar’ sobre isso”, refere a apresentadora.
Filomena Cautela tem uma posição sobre o planeamento das cidades e como pode afetar o modo de vida dos moradores. “Não vivemos de uma forma saudável em Lisboa e no Porto, enfim, nas cidades. Todas as pessoas que são obrigadas a viver na cidade - e não no centro, porque só os estrangeiros lá vivem -, não têm uma organização feita para a sua saúde”.
No campo, não muito longe de Lisboa, Filomena Cautela ganhou “saúde”, mas não tempo. “Estar no campo é uma trabalheira, todos os dias é um cano, a árvore cai, é uma trabalheira”, brinca. “Ainda tenho casa em Lisboa, mas mudei-me definitivamente”, assegura.
Filomena Cautela tem uma horta que vem da mãe, onde diz plantar “couves, alfaces, cenouras, cebolas, muita curgete”. “Só os meus figos não crescem, não sei o que se passa com aquela figueira! Tenho um cão que dá cabo da bicharada e muitas toupeiras.”
“UM SONHO ANTIGO"
O refúgio acaba por ser ideal, até para trabalhar. “É um sonho antigo. Mudei-me para o campo também para escrever o ‘Programa cautelar’, a última temporada, porque consome cada segundo da minha vida enquanto eu estou a escrever”. E explica: “São muitos meses de escrita antes de começarmos a gravar e mudei-me para conseguir escrever o programa, com a minha equipa, e é quase doentio fazer aquele formato”.
Agora, em breve, no “Got talent Portugal”, o “Programa cautelar” vai fazer uma pausa. “Tem de parar um bocadinho, quero que volte com umas mexidas, não porque ache que precisa, mas porque eu preciso, consome-me muito e é difícil de fazer. É o projeto mais difícil que fiz da minha vida e também o que mais gosto de fazer.”
“Ajuda a mudar vidas a muita gente. Acho que é um programa importante e urgente. Não tenho coragem de dizer nunca mais vou fazer, mas acho que tem de voltar de uma forma que não me consuma assim”, remata.