O governo do Reino Unido apelou, esta segunda-feira, a pessoas que tenham sido vítimas de violação, agressão sexual e abuso emocional por parte do ator Russell Brand para darem o seu testemunho às autoridades. O ator está acusado de ter praticado os crimes durante sete anos.
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A responsável pela comissão parlamentar da Mulher e Igualdade, Caroline Nokes, alerta, em declarações à BBC, para o facto de haver mulheres que "não fazem queixa na polícia devido à cultura de culpabilização das vítimas e questionamento das suas alegações", que se traduz na falta de confiança nas autoridades.
A deputada do partido conservador garante que o "ambiente em torno destes casos" tem um efeito "dissuador" para o testemunhios das vítimas, que precisam de "ajuda" ao longo do processo.
O porta-voz do primeiro-ministro, Rishi Sunak, anunciou que a "Polícia Metropolitana está a pedir a quem tenha sido vítima de agressão sexual para falar com os investigadores", citado pelo jornal britânico "Daily Mail".
Já a ministra das Pensões, Laura Trott, em declarações à rádio inglesa LBC, disse que "nenhuma mulher que ouça as alegações pode fazer mais nada a não ser estremecer. É um horror".
Este pedido para testemunhar surge depois da notícia de que a polícia não tinha recebido denúncias sobre o ator.
As acusações de violação, agressão sexual e abuso emocional foram divulgadas, no sábado passado, por uma investigação dos jornais "The Times", "Sunday Times" e pelo canal "Channel 4" .
Na sexta-feira passada, o ator e comediante de 48 anos refutou as acusações e disse que "estava a ser vítima de um ataque coordenado".
Uma das vítimas que falou com a BBC conta que "tinha 16 anos" quando começou o relacionamento um relacionamento com Brand, que, na altura, "tinha 30 anos".