Um juiz do Tribunal Superior de Los Angeles autorizou a continuação das audiências de reavaliação da sentença de Lyle e Erik Menendez, condenados a prisão perpétua pelo homicídio dos pais em 1989. A decisão contraria o procurador Nathan Hochman, que queria arquivar o processo de revisão.
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A série “Monstros: Irmãos Menendez”, disponível na Netflix, apontou os holofotes para o caso de Lyle e Erik Menendez, cuja sentença vai ser reavaliada. Acusados de assassinar os pais em agosto de 1989, cumprem prisão perpétua, mas a condenação ainda pode ser alterada.
Uma nova audiência será realizada na próxima quinta-feira, para decidir se os irmãos, na cadeia desde 1994, podem ser condenados a uma pena menor, decidiu, esta sexta-feira, o juiz do Tribunal Superior de Los Angeles Michael Jesic.
A decisão contraria o pedido do atual procurador distrital, Nathan Hochman, de arquivar o processo. Esta será a primeira vez, em quase trinta anos, que o caso volta formalmente aos tribunais, com vista a uma possível mudança na sentença.
A defesa dos irmãos baseia-se em novas provas que corroboram alegações antigas de abuso sexual e psicológico por parte dos pais, Jose e Kitty Menendez, o que poderá justificar a revisão da pena com base nas leis sobre trauma juvenil atuais.
O antigo procurador George Gascón já tinha recomendado a alteração das penas para 50 anos a prisão perpétua, o que tornaria os Menendez elegíveis para liberdade condicional, dado que ambos eram menores de 26 anos à data do crime.
Lyle e Erik contam com o apoio de vários familiares, e Terry Baralt, a tia e única irmã viva de José Menendez, já se manifestou a favor da libertação dos sobrinhos.
Várias figuras públicas também se expressaram a favor de uma segunda oportunidade para os irmãos. Entre elas, Kim Kardashian sublinhou que "a compreensão da sociedade sobre o abuso infantil evoluiu e as redes sociais permitem questionar os sistemas em vigor”, para alertar que isso não foi tido em conta no julgamento anterior.