Disney pode inovar saga do “capitão Jack Sparrow”, pondo uma mulher ao leme do protagonismo. Elon Musk entre os que se opõem.
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O carisma de Johnny Depp como “capitão Jack Sparrow”, na saga “Pirata das Caraíbas”, pode ter chegado ao fim. A Disney quer uma mulher ao leme do protagonismo e Ayo Edebiri, uma atriz em voga, poderá ser a escolha. Ainda sem decisão definitiva, há quem conteste o afastamento e ameace boicotar as salas de cinema. Entre as vozes que se opõem está a do magnata Elon Musk que, na rede social X, considerou a empresa “fedorenta”, criticando-a por estar a enveredar” por uma inclusão forçada”, dado que Ayo tem raízes nigerianas.
A questão da inclusão, porém, poderá nada ter a ver com a cor da pele, mas sim com o género. O jornalista Daniel Richtman avançou que a Disney quer ver uma mulher como pirata e o primeiro nome aventado terá sido o de Margot Robbie, a “Barbie”. Neste caso, porém, seria um ‘spin-off’, com um novo roteiro novo.
Mas o nome de Ayo Edebiri, de 28 anos - vencedora de um Globo de Ouro, um Emmy e o Critics Choice, e indicações para o People’s Choice e o BAFTA - ganha cada vez mais consistência, afastando Johnny Depp da saga e indignando os seus fãs.
A atriz, que poderá encarnar Anne, em honra à pirata Anne Bonny muito famosa no século XVII, já levantou uma discussão acesa. Se há quem considere que Musk revelou espírito racista, ao ser contra a escolha, há outros que se dizem preocupados e afirmem que a Disney pretende fazer “blackwashing”, versão oposta de “whitewashing” (expressão que significa embranquecer elencos ou figuras históricas numa “limpeza étnica”).
E acusam a empresa de estar a contratar pessoas negras para papéis que, em termos históricos, seriam entregues a caucasianos. E aqui há até quem lembre a origem da pirata Anne Bonny (uma irlandesa ruiva e de pele clara) para fundamentar os argumentos contra a opção por Edebiri.
Afastado por processo
Seja Ayo ou Margot, parece certo que Johnny Depp, protagonista dos cinco filmes anteriores, não fará parte do “Pirata das Caraíbas 6”, ainda sem data de gravação. Em meados do ano passado, o jornal britânico “Daily Mail” noticiou que Depp ficou magoado por a produtora e distribuidora de filmes não o ter defendido quando a ex-mulher Amber Heard o acusou de violência doméstica, num processo judicial que se arrasou e trouxe grande mediatismo às partes envolvidas. Por causa disso, afastou-se da Disney.