Realizador James Cameron pediu nacionalidade neozelandesa, após eleição de Donald Trump. "Ver um acidente de viação vezes sem conta" é como se refere ao facto de o Presidente do Estados Unidos da América estar diariamente nas primeiras páginas dos jornais norte-americanos.
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O vencedor de três Oscar revelou recentemente que a sua cidadania neozelandesa está “iminente” depois de o presidente Donald Trump ter sido eleito para um segundo mandato em novembro, referindo que a mudança é algo para "o qual trabalhou", algo pelo qual teve de se "sacrificar”.
“Vejo um afastamento de tudo o que é decente”, disse ao "Stuff of the U.S.", da Nova Zelândia, sobre a administração de Trump. “A América não representa nada se não representar aquilo que historicamente representou. Torna-se uma ideia vazia, e acho que estão a esvaziá-la o mais rápido que podem para seu próprio benefício.”, acrescentou o realizador.
“Não sei se me sinto mais seguro aqui, mas certamente sinto que não preciso de ler sobre isto na primeira página todos os dias. Só não quero ver mais a cara daquele tipo na primeira página do jornal. É inevitável lá, é como assistir a um acidente de viação vezes sem conta", referiu.
O realizador de "Avatar", que possui uma quinta em Wairarapa, diz que planeia filmar os seus futuros projetos em Wellington e diz acreditar que as pessoas devem “conquistar o seu direito de estar num só lugar”.
“Se vai desenraizar a sua família e mudar-se para algum lado, tem de investir, tem de fazer parte dela, tem de ganhar posição”, disse Cameron.
Em 2023, Cameron já tinha expressado as suas intenções de recrutar “algum sangue jovem” para a indústria cinematográfica da Nova Zelândia. “Adoro trabalhar aqui. Adoro as pessoas com quem trabalho aqui”, disse.