O apresentador Jimmy Kimmel poderá estar prestes a deixar os EUA, devido às tensões com o presidente Donald Trump. No início do ano, Kimmel deu entrada com um pedido de cidadania italiana, como forma de precaução, caso venha a ser forçado a deixar o país repentinamente.
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À semelhança de outras figuras públicas, Jimmy Kimmel poderá estar de saída dos EUA, numa altura em que as políticas de Donald Trump têm gerado descontentamento e críticas de várias figuras públicas.
O apresentador norte-americano, de 57 anos, revelou ter solicitado a cidadania italiana, que foi aprovada no início do ano devido às suas raízes familiares. A medida surgiu na sequência de declarações do presidente republicano, que insinuou que o programa "Jimmy Kimmel Live!", no ar há já 22 anos, poderia ser retirado da grelha televisiva. A polémica ganhou força após tensões semelhantes com Stephen Colbert, que viu o seu programa na CBS ser cancelado.
"O que está a acontecer é tão mau quanto imaginávamos. É muito pior, é simplesmente inacreditável. Acho que provavelmente é ainda pior do que ele [Trump] gostaria que fosse", disse, em declarações ao podcast "The Sarah Silverman".
No seu programa, Kimmel tem sido uma voz crítica do atual presidente dos Estados Unidos, recorrendo frequentemente aos seus monólogos para lançar farpas políticas. A postura crítica foi também evidente durante a cerimónia dos Oscars 2024, onde desempenhou o papel de anfitrião e aproveitou a ocasião para reforçar a sua oposição a Donald Trump.
As críticas enfureceram o presidente, que reagiu através da rede social Truth Social, classificando Kimmel como um "mau anfitrião". A resposta do apresentador não se fez esperar: "Bem, obrigado, presidente Trump. Obrigado por assistir, estou surpreendido por ainda estar de pé - já não passou a sua hora de ir para a prisão?", atirou.