Na TV e nos cinemas, a atriz Júlia Palha pode ser vista em registos distintos. Aos 25 anos, segue determinada na representação, sempre pronta para sair da zona de conforto.
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Embalada por diferentes papéis, Júlia Palha tem confirmado versatilidade. Atualmente, entra em casa dos portugueses na novela da SIC “Senhora do mar” e também pode ser vista na longa-metragem “Amo-te imenso” que estreou, esta semana, nos cinemas, em personagens que em nada se podem comparar.
No projeto televisivo, a atriz dá vida a Maria, “uma miúda superlutadora”, o que lhe enche as medidas. “Gosto sempre de fazer estes papéis mais fortes, com algum drama para explorar”, partilha, em conversa com o JN, a partir dos Açores, onde grande parte da história se desenvolve. Em contraponto, Tessa, a jovem que interpreta na comédia romântica em exibição no grande ecrã, “é supercómica e divertida”.
A 18 de julho, Júlia apresentar-se-á como Laura em “Podia ter esperado por agosto”, o filme realizado por César Mourão, que veste também a pele de um acólito que se vai apaixonar pela sua personagem. É outra comédia no currículo, apesar de a protagonista admitir sentir-se “mais confortável” em registos dramáticos, principalmente por tê-los experimentado mais vezes.
“A comédia foge um bocadinho à minha zona do conforto, mas acho que, depois de experiências como o ‘Vale tudo’, por exemplo, libertei muito o medo do ridículo, o medo da vergonha, que é uma coisa que é muito importante num ator”, confessa. Os desafios da representação não assustam Júlia Palha. Isto porque, “principalmente nesta área, não podemos ter medo de falhar, caso contrário nunca vamos fazer coisas diferentes e melhor. Temos de arriscar, como qualquer trabalho”, acrescenta.
“Escrever um projeto”
Aos 25 anos e na profissão há quase uma década, a intérprete lembra que está “na idade das descobertas”. “Eu, Júlia, acho que descobri que a minha vocação é mesmo ser atriz e é isto que quero fazer até ao fim dos meus dias. Mas acho que a vida tem fases e tem alturas e, se calhar, às vezes, estamos felizes a fazer uma coisa num momento ou infelizes e, mais para a frente, vamos encontrar uma coisa que não estávamos à espera e que acaba por nos fazer felizes. Tem sido uma descoberta muito interessante e, pelo menos nesta fase da minha vida, tenho sido muito feliz com tudo aquilo que tenho trabalhado”, afirma.
Escrever é outra paixão de Júlia Palha, que o faz “muitas vezes sem qualquer propósito, apenas só para libertar, para perceber certas coisas que dão dúvidas, questões, medos”. Não o tem feito tanto por estar a gravar muito, mas alimenta a “vontade de escrever um projeto, uma série, um filme, uma coisa própria, sem pressa, no futuro”.
Sem falar do novo amor, a atriz reforça que a família e os amigos são o seu refúgio. “Acho que a felicidade está naquilo que muitas vezes já temos e há que saber valorizar as pessoas que gostam de nós e que precisam porque, no final de contas, é isso que fica”, conclui, antes de voltar aos guiões. v