Artista latino mais vendido de sempre vai fazer a festa rodeado da família e longe do público. Como presente, a mulher, Miranda Rijnsburger, escreveu-lhe uma carta de amor.
Corpo do artigo
“De tanto correr pela vida sem freio/ Esqueci-me que a vida se vive um momento”, canta Julio Iglesias que, ao contrário da letra interpretada, nunca se esqueceu de aproveitar bem o quotidiano. O artista latino celebra este sábado 80 anos de um percurso intenso, com muitos sucessos musicais e amores, sob o epíteto de galã.
A festa será na sua casa, nas Bahamas, em família. De antemão, a mulher, Miranda Rijnsburger, com quem está há mais de três décadas, mimou o cantor e compositor com uma carta de amor, publicada pela revista espanhola “Hola”. Sublinhando o quanto o ama, a antiga modelo holandesa, de 57 anos, agradece por ter ao seu lado “um homem tão incrível durante estes 33 maravilhosos anos”.
“Partilhámos risos, lágrimas, aventuras e criamos uma bonita família com os nossos cinco queridos filhos. És a razão da minha felicidade e o pilar da nossa vida juntos”, declara. Miranda deseja que o “novo capítulo” seja “cheio de saúde, alegria e momentos inolvidáveis”.
O casal é pai das gémeas Cristina e Victoria, de 22 anos, e de Miguel Alejandro, de 26, Rodrigo, de 24, e Guillermo, de 16 anos. Do primeiro casamento com Isabel Preysler, Julio Iglesias tem ainda Julio Iglesias Jr., de 50 anos, Enrique Iglesias, de 48, e Chábeli Iglesias, de 52 anos.
Tem filho de uma portuguesa
Em julho de 2018, o músico espanhol viu um tribunal de Valência atestar-lhe a paternidade de Javier Sánchez Santos, de 43 anos, nascido da paixão fulgurante e curta com a portuguesa Maria Edite Santos, em 1975. O verídico demorou 27 anos, mas Julio nunca o aceitou.
Num texto divulgado pela revista “Semana”, a propósito do aniversário, Javier, de 46 anos, reafirma que não quer dinheiro, mas sim um encontro com um pai para “poder falar”, tal como tentou antes de iniciar a batalha judicial, que ainda não terminou. Com o seu advogado, Fernando Osuna, apelou à secção de Direitos Humanos da ONU, na Suíça, para que se prove finalmente que Iglesias é seu pai.
Do acidente ao Guiness Book
Enquanto isso, o cantor romântico mantém-se afastado dos holofotes desde o início de 2020, o que já suscitou especulações sobre o seu estado de saúde, o que, em junho deste ano, lamentou. “Para aqueles que lançaram dúvidas sobre a minha saúde, diria que tenho DPM (distúrbios psíquicos menores), mas para as pessoas que me amam há tantos anos, diria que nunca tive uma mente tão clara, escrevendo as minhas memórias”, partilhou, após ler “em todo o lado” que estava “numa cadeira de rodas, com a cabeça perdida”.
Foi em julho de 1968 que Julio Iglesias saltou para a fama, ao vencer o Festival de Benidorm, com a canção “La vida segue igual”, que inspirou o filme homónimo sobre a sua vida.
Cinco anos antes, na véspera de fazer 20 anos, um acidente de viação roubou-lhe o sonho de vingar como futebolista, ao serviço do Real Madrid onde jogou como guarda-redes. Arriscava-se a não poder voltar a andar e, ainda internado, começou a escrever poemas românticos – que logo conquistaram as enfermeiras. Não tardou a ter uma viola nas mãos para os transformar em músicas, superando a adversidade.
O sucesso talhou o seu caminho. Atualmente, soma mais de 350 milhões de discos vendidos em todo o mundo, além de ter 2600 discos de ouro e platina e ter sido n.º 1 em 14 países.
Após ter sido o primeiro artista a receber um disco de diamante (1983), Iglesias voltou a registar um recorde no Guinness Book, em 2013: é o artista latino mais comprado de sempre, e o streaming tem mantido a sua voz bem viva.