Num caso que está a gerar polémica em Hollywood, Kevin Costner veio a público negar as acusações de uma dupla, que alega ter sido forçada a participar numa cena de violação não autorizada durante as filmagens do seu novo filme, "Horizon: uma saga americana - capítulo 2".
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Kevin Costner quebrou o silêncio após uma dupla de ação, Devyn LaBella, ter avançado com um processo judicial, em maio, no qual alega ter sido obrigada a participar na gravação de uma cena de violação improvisada, sem aviso prévio, sem o seu consentimento e sem a presença obrigatória de um coordenador de intimidade. Os factos terão ocorrido durante as filmagens de "Horizon: uma saga americana - capítulo 2", filme realizado e protagonizado pelo ator norte-americano.
Numa declaração entregue esta segunda-feira ao Supremo Tribunal da Califórnia, à qual o "The Guardian" teve acesso, o ator norte-americano, de 70 anos, classificou as acusações como uma "mentira descarada". "Acredito que as alegações de Devyn foram construídas com base em afirmações falsas e linguagem sensacionalista, com o objetivo de prejudicar a minha reputação", afirmou Kevin Costner.
O ator solicita que a ação movida por Devyn LaBella seja indeferida ou anulada ao abrigo das leis anti-SLAPP - medidas legais concebidas para proteger indivíduos de processos judiciais considerados abusivos ou intimidatórios.
Na queixa apresentada por LaBella, a dupla afirma ter sido chamada ao set de filmagens depois de a atriz principal, Ella Hunter, ter recusado gravar a cena. A atriz declara não ter tido conhecimento prévio de que um ator a iria imobilizar e levantar "violentamente" a sua saia.
LaBella alega que a cena em causa violou os protocolos contratuais definidos pelo sindicato SAG-AFTRA, que estipulam que os artistas devem ser informados com pelo menos 48 horas de antecedência e dar o seu consentimento explícito para qualquer cena que envolva nudez ou sexo simulado. Acrescenta ainda que a coordenadora de intimidade do filme não se encontrava presente no momento da gravação, contrariando o estipulado no contrato de Ella Hunter - condições essas que, segundo LaBella, se aplicavam igualmente a si, enquanto sua substituta.
Em junho, Celeste Chaney, coordenadora de intimidade do filme, corroborou o relato de LaBella, classificando o incidente como uma "cena de violação violenta, não programada e não planeada", que "apanhou de surpresa tanto os atores como os duplos".