Madonna volta a provocar Igreja com imagens manipuladas ao lado do Papa Francisco
Sem falsos pudores, Madonna mostrou-se com o Papa Francisco em imagens criadas com recurso a inteligência artificial. Publicações nas redes sociais são interpretadas pelos internautas como mais uma provocação da rainha da Pop à Igreja, 35 anos depois de "Like a prayer".
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Numa altura em que se continua a debater o uso da inteligência artificial (IA) e a ética, Madonna volta a despertar a polémica com fotos manipuladas, nas quais surge ao lado do Papa Francisco.
Geradas com recurso a IA, as imagens partilhadas no fim de semana nas histórias de Instagram da artista deixaram os fãs confusos, não só pela pública relação conturbada com a Igreja Católica, como pelas poses provocantes com o soberano do Vaticano.
“Vou desfrutar do fim de semana”, escreveu Madonna, de 66 anos, na legenda da imagem em que se vê a figura do Papa a sorrir, quase colado à sua cara. Na outra, o "falso" líder da Igreja Católica, de 88 anos, surge a abraçá-la pela cintura, enquanto se prepara para a beijar. "É bom ser vista", acrescentou a artista.
As imagens são da autoria de Rick Dick, o artista digital que é especialista em criar montagens com figuras públicas, com um tom provocador na maioria das vezes.
A ousadia virtual não caiu bem entre os internautas, para quem a cantora "desrespeitou" a fé. "Isto é desagradável. Espero que a alma dela seja salva”, "assustador”, “impróprio” e “nada fidedigno” são alguns dos comentários, havendo quem questione o uso da inteligência artificial.
Devido à sua rebeldia, Madonna já foi excomungada três vezes pela Igreja. A primeira foi em 1989, quando lançou o videoclipe da música "Like a Prayer", beijando um homem negro no lugar de Jesus Cristo, além de cantar à frente de cruzes em chamas.
Como se não bastasse, um ano depois, na digressão "Blond Ambition", simulou masturbação no palco, o que levou o Papa João Paulo II a pedir que não fossem aos seus espetáculos em Itália, classificando-os como um "Circo do Diabo". A terceira excomunhão foi em 2006, durante a "Confessions Tour", quando Madonna surgiu em palco crucificada numa cruz espelhada, com uma coroa de espinhos, ato que o Papa Bento XVI encarou como blasfémia.