Manuela Moura Guedes contou que a entrada na menopausa coincidiu com o fim do seu percurso profissional. Antiga jornalista toma antidepressivos há 15 anos e pouco sai de casa.
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No episódio desta semana do videocast "Menos pausa", Júlia Pinheiro entrevistou um das jornalistas mais conhecidas em Portugal, Manuela Moura Guedes.
Afastada dos holofotes há década e meia, a antiga jornalista revelou que a entrada na menopausa "coincidiu com um episódio muito marcante" que foi o fim da sua carreira profissional. "Continuo a tomar antidepressivos e, por vezes, a aumentá-los, mas não os consigo tirar", revelou.
Manuela Moura Guedes, de 68 anos, explicou que, segundo os médicos, sofreu um "trauma", que não consegue ultrapassar.
"Tive a primeira crise de tonturas e vómitos. Pensaram que era aquela coisa dos cristais, não era nada disso. O meu marido [José Eduardo Moniz, diretor-geral da TVI] quando me viu pensou que eu estava a ter um AVC. Tive várias crises seguidas. Fui estudada dos pés à cabeça. Eles não sabem muito bem o que é, mas focaram-se no ouvido", contou, afirmando que o diagnóstico não foi imediato.
"Vivo assim há quase 20 anos, não saio de casa quase. O mundo para mim é uma coisa um bocado hostil. Tudo isso até pode ter a ver com a menopausa, mas eu tenho uma outra razão", acrescentou.
Entre 1978 e 2009, ano em que terminou a carreira no jornalismo, Manuela Moura Guedes passou pelos três canais generalistas - RTP, SIC e TVI. O último trabalho como pivô foi no "Jornal Nacional - 6ª feira" da estação de Paço de Arcos.

