Mariana Monteiro fala sobre preconceito no namoro com João Mota e pressão para ser mãe

No mais recente episódio do podcast "Dona de Casa", Mariana Monteiro falou de forma aberta sobre dois temas marcantes da sua vida: o preconceito que sentiu durante o namoro com João Mota e a pressão para ser mãe.

A atriz, de 36 anos, manteve uma relação de sete anos com o vencedor da "Casa dos Segredos 2", que terminou em 2019. Questionada sobre se, na altura, tinha preconceito por namorar alguém que participou num reality show, Mariana Monteiro admitiu que o "sentia".

"Eu própria tinha preconceito e tenho um certo preconceito com o formato, não vou negar. Só que é possível separar a pessoa do meio em que está inserida. Assim como eu não sou só a Mariana, atriz, o João não é só o concorrente de um reality show. Eu só acho importante não sermos tão fechados e redutores na forma como avaliamos alguém", confessou.

A relação terminou há seis anos, e a atriz notou que o peso do estigma recaiu sobretudo sobre o ex-companheiro: "Quem sofria mais na pele esse preconceito era, sem dúvida, o João. Eu, por arrasto, senti também um pouco."

Ainda assim, garante que a experiência lhe deixou aprendizagens valiosas. "Ensinou-me muitas coisas, sobretudo da aceitação e como se fazem muitas vezes análises e julgamentos precocemente. Aprendi bastante, mais do que tudo, com essa situação", sublinhou.

João Mota, hoje com 34 anos, venceu a "Casa dos Segredos 2" em 2011 e tornou-se ator. No ano passado, licenciou-se em Psicologia na Universidade Autónoma de Lisboa. Atualmente, dedica-se a dar palestras motivacionais.

Pressão para ser mãe

Ao longo da conversa, Mariana Monteiro abordou também a questão da maternidade, admitindo que já foi confrontada com perguntas sobre o tema de forma pouco delicada, inclusive durante uma consulta médica. Sublinhou que essa pressão nunca partiu da imprensa, mas de comentários individuais.

Sem respostas definitivas, a atriz confidenciou que não sabe se quer ou não ser mãe, explicando que a decisão depende de vários fatores que não controla, desde encontrar o parceiro certo até ao seu desejo de viver a experiência a dois:

"Eu não tenho uma vontade de ser mãe solteira, por exemplo. Poderia, mas não tenho. Não ambiciono isso. Teria vontade de dividir esse momento com alguém", confessou.

Ainda que reconheça a existência do "relógio biológico", frisou que não quer viver refém dessa contagem: "Ora, eu não decido o timing da vida em que me aparece a pessoa que eu idealizo para estar ao meu lado e construir essa realidade, mas depois há o timing biológico. Eu compreendo, mas não quero ser refém disso."

Sobre o assunto, relatou o dia em que uma médica lhe "perguntou se tinha namorado", ao que respondeu negativamente. "'"Então tem de se despachar a arranjar um" (disse a médica). Claro que nunca mais voltei a este consultório. E respondi-lhe: "acho que isso não funciona assim". Portanto, uma das decisões mais importantes da vida não se toma assim", recordou.