Atriz e músico vivem juntos há mais de um ano. Trabalho em novelas de canais concorrentes não os afeta, até porque veem pouca televisão.
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Mariana Pacheco, de 31 anos, e Syro, de 29, são um casal há mais de um ano e não escondem a paixão. Ela é atriz (e também canta), ele é músico. Ambos fizeram, em 2023, uma canção conjunta "Dor de Amar" e agora seguem caminhos na ficção em canais concorrentes : Mariana interpreta "Flávia" na novela "Senhora do Mar" (SIC), e o artista dá voz ao genérico de "Cacau" ( TVI). Quando chegam a casa, a rivalidade entre canais não os afeta, porque o amor é mais forte do que as audiências e porque, reconhece a atriz, raramente veem novelas.
"Depois de um dia ou de uma semana sempre a gravar, chegar a casa e ver novela, seja a minha ou outra, não puxa. O que quero mesmo é desligar", confessa a atriz ao JN. "Tanto eu como Syro gostamos de ouvir música, fazer outras coisas em casa ou nada fazer", acrescenta Maria Pacheco.
"Claro que ele viu o início da "Senhora do Mar" e eu vi a estreia de "Cacau", na qual ele canta. Quero muito que ele me veja, saber a opinião dele, mas vou vendo aqui e ali, sobretudo aquilo que é publicado nas redes sociais", admite.
Na hora de trocar impressões, Syro não ajuda a "passar texto". "Ele não me ajuda a estudar as cenas, nem eu estudo muito. Gosto de aprofundar a personagem de outra maneira. Quanto às cenas em si ( e isto não é um exemplo para os atores que se dedicam a estudar texto ), sou mais emocional, não tenho muitas defesas técnicas, nunca estudei teatro, jogo com a emoção e com o que sinto que é a verdade para mim. Se mais tiver muito texto estudado e muitas palavras na cabeça sinto que não é tão genuíno", reconhece.
"Lavar pecados"
Quanto ao seu novo papel, uma personagem religiosa depois de ter interpretado tantas vilãs, Mariana Pacheco não resiste à brincadeira: "Acho que, com esta personagem, estou a lavar os meus pecados e a pedir o perdão de Deus pelo que fiz em outras novelas!". Mas mais a sério acrescenta: "Esta personagem é mesmo oposta ao que tenho feito e, por isso, um desafio gigante, mas está a correr bem".
Mariana Pacheco não se inspirou "em ninguém". "Conheço pessoas mais religiosas - na família, em quem nos cruzamos - e na Terceira [onde houve gravações] há muito esse universo mais religioso, místico e esperançoso. Foi um misturar de vários mundos que me fizeram criar esta "Flávia" ", salienta.
Na novela, o sotaque açoriano dos atores é discreto. "Quando estou aqui [nos Açores] apanho um bocadinho e quando estou a gravar em Lisboa tento lembrar o que fiz. Se for um sotaque muito leve estamos a homenagear os açorianos e não a gozar, nem a fazer mal. E depois, nos Açores as ilhas têm sotaques diferentes e o de São Miguel não tem nada a ver com o da Terceira. Houve uma decisão unânime que não se devia fazer o sotaque".
Com o padre, interpretado por Albano Jerónimo e a beata, papel de Rita Blanco, a atriz tem "um trio muito conflituoso". "Mas é engraçado que elas são quase iguais, têm valores muito idênticos, mas não gostam muito uma da outra. Há uma ligação com o 'padre' que leva a um rumor na ilha que indica que há ali mais qualquer coisa", remata Mariana Pacheco.