Harvey Weinstein e Sean “Diddy” Combs enfrentam queixas da mesma modelo por violência sexual. Crystal McKinney acusa ambos de agressões em contextos distintos e as defesas alegam motivações oportunistas.
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Crystal McKinney, modelo e aspirante a atriz, apresentou esta semana uma nova queixa por violação contra o ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein.
O caso remonta a 2003 e junta-se a um processo anterior que moveu contra o músico Sean “Diddy” Combs. As acusações são graves e detalham alegados episódios de violência sexual ocorridos em contextos diferentes, mas com pontos comuns: abuso de poder e intimidação.
Na queixa mais recente, entregue num tribunal federal de Nova Iorque, McKinney afirma ter sido violada por Weinstein num quarto de hotel em Manhattan, após um encontro que acreditava estar relacionado com oportunidades na indústria cinematográfica.
Levada por um executivo de uma agência de modelos a acreditar que conhecer Weinstein poderia ser decisivo para a sua carreira, terá aceitado o convite, mesmo após um comentário perturbador sobre “favores sexuais” em troca de trabalho.
Segundo a denúncia, McKinney e uma colega — também modelo — encontraram Weinstein numa discoteca, onde este se queixou do ruído e as convidou a subir ao quarto no Ritz-Carlton Battery Park. Ali, afirma, terão sido embriagadas e coagidas a ter relações sexuais entre si, antes de o produtor as violar.
O advogado de Weinstein já reagiu. Em declarações ao site TMZ, Imran H. Ansari descreve as acusações como “fantasiosas” e “motivadamente oportunistas”, garantindo que o seu cliente irá defender-se com veemência.
Recorde-se que Crystal McKinney já tinha processado Sean “Diddy” Combs em 2024, acusando-o de a ter forçado a praticar sexo oral, num estúdio em Nova Iorque. A modelo relatou que o episódio ocorreu após um evento de moda, tendo sido drogada com uma substância desconhecida misturada num cigarro e incentivada a beber álcool.
A defesa do rapper pediu a anulação do processo, alegando prescrição dos factos, e Diddy nega todas as acusações. O artista, enfrenta agora um julgamento federal por tráfico sexual e associação criminosa.
Weinstein, por sua vez, está a ser julgado novamente após um tribunal de recurso ter anulado a sua condenação de 2020. O coletivo de juízes considerou que o Ministério Público incluiu testemunhos de mulheres não diretamente ligadas ao processo.