Vinte e seis anos depois do escândalo sexual com Bill Clinton, antiga estagiária da Casa Branca apela ao voto na América, através de campanha de moda.
Corpo do artigo
Aos 50 anos, Monica Lewinsky é um exemplo de superação, ao afirmar-se como empreendedora e voz das mais diversas causas. Lançada na fama pelo envolvimento (e consequente escândalo sexual) com o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, em 1998, a antiga estagiária destaca-se agora como rosto da marca de roupa Reformation, na campanha “You've Got the Power", contra a abstenção nas eleições deste ano, na América.
A par das propostas de moda para mulheres executivas, o projeto sublinha a parceria com o Vote.org, incentivando o exercício do direito de voto. Os lucros da venda da sweatshirt com o frase que dá mote à campanha serão doados à organização.
“Tu tens o poder” é o que promove Monica, há muito vista como boa influência contra as injustiças e a defender os direitos das mulheres. Embalada pelo mediatismo que a polémica com Clinton gerou, investiu numa carreira como escritora e palestrante, e ainda produtora de TV, a par de negócios em que se lançou.
Boa maneira
O facto de inspirar “as mulheres a usarem as suas vozes e a sentirem-se poderes” ditou a sua escolha para a iniciativa em foco, que sublinha que, “embora roupas bonitas não resolvam tudo, vesti-las e ir às urnas é uma boa maneira para começar”.
Em entrevista à revista “Elle”, Monica Lewinsky confessou que teve algum receio antes de enfrentar as câmaras e que até contratou “um treinador de movimento” para a ajudar a estar mais à vontade durante a produção.
“Acho que uma forma de as mulheres se sentirem mais fortalecidas é reconhecer os lugares onde elas podem precisar de mais assistência e pedir essa assistência”, declarou.
Recorde-se que foi só em 2014 Monica quebrou o silêncio sobre o escândalo que a visou na década de 1990, dez anos após Clinton ter admitido o caso na autobiografia “My Life”. Foi na campanha contra o bullying “Stand Up to Yourself”, antes de se descrever como “paciente zero” do assédio online