Quase um ano após Bruce Willis ser diagnosticado com demência frontotemporal, a mulher do ator conta como lida com a experiência. Apesar das dificuldades, Emma Heming Willis escolheu usar a sua voz para sensibilizar o público sobre a doença.
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Depois de, há um mês, ter vincado que a demência de Bruce “é uma doença de família”, Emma Heming Willis desabafa sobre a adaptação à vida após o diagnóstico, focada nos cuidados ao ator, de 68 anos.
”A demência frontotemporal (DFT) não oferece muitas opções. Ele pode sugar todo o ar de uma sala. Mas eu fiz uma escolha: recuperar um pouco de energia e bombear oxigénio de volta para as nossas vidas, pelo bem das nossas filhas, do Bruce e de mim", escreve no Instagram.
Na publicação, sublinha as lições que tem aprendido com a doença que não tem cura e que partilha num texto divulgado no “Sunday Paper”, desejosa que “isto traga luz, ajuda e esperança para a próxima família” que passe pelo mesmo.
”Por mais difícil que tenha sido apresentar o diagnóstico de Bruce, eu sabia que precisava levantar a minha voz para consciencializar sobre esta doença. O mundo precisa saber que nem toda a demência é Alzheimer e que nem toda a demência tem impacto na memória”, nota Emma Heming Willis.
A mulher de Bruce Willis esclarece que “uma doença como essa, por exemplo, apresenta alterações de comportamento, personalidade, linguagem ou movimento”. A demência frontotemporal afeta as regiões frontais e temporais do cérebro, de maneira progressiva e degenerativa, prejudicando as funções cognitivas e comportamentais, podendo manifestar-se a partir dos 45 anos.
Emma tem noção do quanto é privilegiada por ter acesso a recursos que não estão ao alcance de todos, por isso, admite lutar “contra a culpa”. “Quando consigo sair para uma caminhada para clarear a cabeça, não percebo que nem todos os cuidadores possam fazer o mesmo”, confessa.
No entanto, “quando partilho sobre a jornada da nossa família e isso capta a atenção da imprensa, sei que existem milhares de histórias não contadas e não ouvidas, cada uma delas merecedora de compaixão e preocupação”, acrescenta.
Determinada em dar voz à doença e a todos os que sofrem com ela, Emma reconhece que sofre “diariamente com essa experiência”, mas também que tem noção que ela a “tornou mais forte” do que alguma vez imaginou.
Foi no ano passado que Bruce Willis se retirou da representação, quando começou a acusar um distúrbio de linguagem. “Afasia” foi o diagnóstico tornado público em 2022, sabendo-se em fevereiro deste ano que, afinal, tratava-se de um dos sintomas da demência frontotemporal de que sofre.